Protestos em Hong Kong afetam serviços de transporte
Manifestantes desafiaram proibição do uso de máscaras
A maior parte das estações de metrô de Hong Kong permanecem fechadas após mais um dia de protestos e confrontos contra a lei que proíbe o uso de máscaras em manifestações realizadas no território. Entre a noite de sexta-feira (4) e a madrugada deste sábado (5), os militantes desafiaram o governo depois que um jovem manifestante foi baleado na perna por um policial. Diversos confrontos entre manifestantes e agentes foram registrados, além de vandalismo e depredação em bancos e estabelecimentos comerciais. Mais de mil pessoas foram às ruas para protestar contra a decisão da governadora de Hong Kong, Carrie Lam, de invocar medidas de emergência para restaurar a ordem na região e identificar "black blocs" nos atos populares, que acontecem há quatro meses.
As violações da proibição podem provocar penas de até 1 ano de prisão, além de uma multa de 25 mil dólares de Hong Kong. A nova norma sobre as máscaras não é utilizada desde 1967 e entrou em vigor neste sábado (5). O objetivo é "criar um efeito dissuasor contra manifestantes mascarados e violentos e ajudar a polícia em sua missão de manter a ordem". Em meio ao caos, a operadora ferroviária MTR disse que não conseguiu retomar os serviços, pois os reparos ainda estavam sendo feitos nas estações danificadas. Um serviço de ônibus limitado seria fornecido.