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Promessa de um bilhão de vacinas do G7 não basta, dizem ativistas

11 jun 2021 - 13h23
(atualizado às 16h27)
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Um plano do G7 para doar um bilhão de doses de vacinas contra Covid-19 a países mais pobres carece de ambição, é lenta demais e mostra que os líderes ocidentais ainda não estão à altura da tarefa de enfrentar a pior crise de saúde pública em um século, disseram ativistas nesta sexta-feira.

Caixas de vacinas contra Covid-19 em Shepherdsville, EUA 
01/03/2021
Timothy D. Easley/Pool via REUTERS
Caixas de vacinas contra Covid-19 em Shepherdsville, EUA 01/03/2021 Timothy D. Easley/Pool via REUTERS
Foto: Reuters

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse que espera que os líderes do G7 concordem com as doações como parte de um plano para inocular os quase oito bilhões de habitantes do mundo contra o coronavírus até o final do ano que vem.

Depois que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu turbinar a batalha contra o vírus doando 500 milhões de doses da Pfizer, Johnson disse que seu país dará no mínimo 100 milhões de vacinas no próximo ano.

A expectativa é que também o Canadá se comprometa com 100 milhões de doses e outras promessas podem vir.

Mas ativistas pró-saúde e antipobreza disseram que, embora as doações sejam um passo na direção certa, líderes ocidentais mostraram falta de ambição e incapacidade de entender os esforços excepcionais necessários para derrotar o vírus.

"Os novos compromissos dos EUA e do Reino Unido são um passo na direção certa, mas não vão longe o suficiente rápido o suficiente", disse Alex Harris, diretor de relações governamentais da Wellcome, uma instituição de caridade de ciência e saúde sediada em Londres.

"O que o mundo precisa é de vacinas agora, não no final deste ano. Neste momento histórico, o G7 precisa mostrar a liderança política que nossa crise exige", argumentou. "Pedimos que os líderes do G7 mostrem mais ambição."

A corrida para pôr fim a uma pandemia que já matou cerca de 3,9 milhões de pessoas globalmente e semeia destruição social e econômica terá destaque na cúpula de três dias, que começa nesta sexta-feira na estância litorânea inglesa de Carbis Bay.

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Dominic Raab, alertou que alguns países estão usando as vacinas como uma ferramenta diplomática para obter influência. EUA e Reino Unido disseram que suas doações não exigirão contrapartidas.

Como a maioria das pessoas precisa de duas doses de vacina, e possivelmente de doses de reforço para se protegerem de variantes emergentes, ativistas disseram que os compromissos do G7 são um começo, mas que os líderes mundiais precisam ir muito além e muito mais rápido.

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