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Procurador-geral da Austrália nega acusação de estupro

Porter confirmou que ele é citado em denúncia enviada ao premiê

3 mar 2021 - 11h59
(atualizado às 12h08)
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O procurador-geral da Austrália, Christian Porter, revelou nesta quarta-feira (3) que ele é o membro do governo que foi acusado de ter cometido um estupro há 33 anos em uma carta enviada na última semana ao primeiro-ministro, Scott Morrison, e a alguns deputados.

Porter negou acusações de ter cometido o crime em 1988
Porter negou acusações de ter cometido o crime em 1988
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Há uma semana, a mídia australiana estava debatendo quem teria sido o político acusado pelo crime, em caso que tomou os jornais do país. Por conta das leis com punições pesadas sobre difamação, nenhum nome havia sido veiculado até então.

"Os fatos que me acusam jamais aconteceram", disse Porter aos jornalistas nesta quarta-feira, reconhecendo que conhecia a jovem citada e que ambos competiram nas mesmas disputas esportivas da época da Universidade de Sydney em 1988. Porém, o principal conselheiro jurídico do governo afirmou que nunca ficou "a sós" com a vítima.

Sobre uma possível demissão, Porter foi enfático e disse que não pensa nisso porque "se eu renunciar por causa de uma alegação que nunca aconteceu, então qualquer pessoa na Austrália pode perder a sua carreira, o seu emprego, a sua vida profissional baseado em nada além de uma acusação".

No entanto, segundo relatou aos repórteres australianos, ele pediu uma licença temporária a Morrison para cuidar de sua "saúde mental" porque "não está se sentindo bem" com as acusações.

A denúncia -

Na última semana, uma carta enviada por amigos de uma mulher ao governo australiano acusava um membro do alto escalão de ter cometido um estupro em 1988. A suposta vítima tinha 16 anos e Porter tinha 17 à época.

No ano passado, a mulher cometeu suicídio aos 49 anos e os amigos alegam que o abuso sexual sempre a perturbou. Por isso, resolveram enviar a carta aos líderes políticos.

A polícia de Nova Gales do Sul, então, abriu uma investigação formal sobre o caso, mas nesta terça-feira (2) informou que encerrou a ação "porque não havia provas suficientes para continuar".

No entanto, parlamentares estão pedindo o afastamento temporário de Porter para que a investigação seja reaberta e, caso seja inocente, ele retorne para seu posto. Morrison informou que não aceita a demissão porque quer deixar o assunto para a polícia e, depois, tomar alguma decisão se necessário.

O escândalo estoura na sequência de outro episódio envolvendo ministros. No início do mês passado, Brittany Higgins, uma ex-assessora da ministra da Defesa, Linda Reynolds, acusou um colega de trabalho de ter sido estuprada dentro do Gabinete em que trabalhavam em 2019. .

Ansa - Brasil   
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