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Mundo

Procurador da Lava Jato no Peru quer Keiko de volta à prisão

Candidata não está cumprindo regras de "liberdade vigiada"

10 jun 2021 - 13h02
(atualizado às 13h07)
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O procurador anticorrupção do Peru, José Domingo Pérez, que é o responsável pelo desdobramento da Operação Lava Jato no país andino, pediu a revogação da "liberdade vigiada" de Keiko Fujimori nesta quinta-feira (10). Com isso, a líder do Força Popular pode ter que voltar para o regime de prisão preventiva.

Keiko apresentou mais de 800 recursos contra resultados
Keiko apresentou mais de 800 recursos contra resultados
Foto: EPA / Ansa

Pérez informou ao juiz do caso, Víctor Zuñiga, que "a acusada Fujimori Higuchi não cumpre com a restrição de não se comunicar com testemunhas" da investigação. A decisão para emitir ou não a ordem de prisão deve sair ainda nesta quinta.

A filha do ex-ditador peruano Alberto Fujimori responde por diversos crimes, entre eles, o recebimento de US$ 1,2 milhão da construtora brasileira Odebrecht durante a campanha eleitoral à Presidência em 2011. Nas mais de 1,5 mil páginas do processo, há também crimes financeiros, como lavagem de dinheiro, na campanha de 2016.

A candidata, inclusive, recebeu autorização especial para poder concorrer, já que em dezembro do ano passado, quando registrou sua terceira candidatura para concorrer à Presidência, ela ainda estava em prisão domiciliar.

O pedido de prisão ocorre em meio à uma acirrada disputa eleitoral entre Keiko e o candidato de esquerda, Pedro Castillo. 

Com 99,998% das urnas apuradas, o representante do Peru Livre tem 50,2% dos votos contra quase 49,8% da líder da direita.

No entanto, o Força Popular entrou com 802 pedidos de anulação de votos por uma suposta "fraude" no pleito. Porém, a Organização dos Estados Americanos (OEA), que enviou observadores para acompanhar a votação em todo o país, informou não ter nem indícios de ter ocorrido algum crime. .

Ansa - Brasil   
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