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Mundo

Processo sobre extradição de Assange para os EUA é retomado

Discussões devem durar cerca de 4 semanas no Reino Unido

8 set 2020 - 12h10
(atualizado às 12h34)
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A Justiça do Reino Unido retomou nesta segunda-feira (07) o processo que analisa o pedido de extradição do australiano Julian Assange para os Estados Unidos, onde há 18 acusações contra ele pela divulgação de documentos sigilosos norte-americanos entre os anos de 2010 e 2011 pelo portal Wikileaks.

O processo deveria ter sido realizado em maio, mas foi paralisado por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2). Segundo especialistas, as discussões judiciais devem durar cerca de quatro semanas. O australiano de 49 anos está presente no tribunal durante as sessões.

Nesta segunda, a defesa de Assange já sofreu uma derrota com a rejeição do pedido de adiamento do julgamento - que tinha o apoio de uma petição firmada por 80 mil assinaturas.

A solicitação para que os defensores do australiano tivessem mais tempo para analisar os autos foi feita porque os acusadores norte-americanos incluíram, no último momento, mais uma acusação contra Assange: de ter pago para hackers ajudarem Chelsea Manning a conseguir documentos sigilosos que envolviam supostos crimes de guerra no Iraque e no Afeganistão.

A juíza Vanessa Baraitser negou o pedido justificando que há tempo necessário para a defesa e também para recorrer do veredicto futuro, que deve ser anunciado em outubro.

Diversas testemunhas de defesa e acusação serão ouvidas ao longo das próximas semanas, mas muitos analistas se dizem céticos à chance de vitória de Assange, dados os diversos posicionamentos já adotados no caso pela Justiça britânica.

Entre as principais acusações dos norte-americanos, estão a violação da lei de espionagem e conspiração para invadir os sistemas de comunicação sensível do governo norte-americano.

Assange está preso em Belmarsh, na Inglaterra, desde maio de 2019 após o Equador revogar o asilo político dado a ele na Embaixada do país em Londres. O australiano viveu por sete anos na representação diplomática. .

Ansa - Brasil   
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