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Prisão de jornalistas da Reuters mostra erosão de liberdade de imprensa em Mianmar, diz Guterres

14 dez 2017 - 09h34
(atualizado às 09h45)
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A prisão de dois jornalistas da Reuters em Yangon nesta semana é um sinal de que a liberdade de imprensa está encolhendo em Mianmar e a comunidade internacional precisa fazer tudo que puder para libertá-los, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, nesta quinta-feira.

Secretário-geral da ONU, António Guterres, durante coletiva de imprensa em Tóquio, no Japão 14/12/2017 REUTERS/Toru Hanai
Secretário-geral da ONU, António Guterres, durante coletiva de imprensa em Tóquio, no Japão 14/12/2017 REUTERS/Toru Hanai
Foto: Reuters

Guterres disse que sua principal preocupação sobre Mianmar são as "dramáticas violações de direitos humanos" desencadeadas por uma repressão militar no Estado de Rakhine que forçou mais de 600 mil muçulmanos rohingya a fugir do país para Bangladesh, e que a prisão dos jornalistas provavelmente está relacionada com essa situação.

"Claramente é uma preocupação em relação à erosão da liberdade de imprensa no país", disse em coletiva de imprensa em Tóquio, em referência à prisão de Wa Lone e Kyaw Soe Oo, que estavam trabalhando em reportagens sobre o conflito no Estado de Rakhine.

"E provavelmente a razão pela qual esses jornalistas foram presos é porque eles estavam relatando aquilo que viram em relação a essa enorme tragédia humana", acrescentou.

O Ministério de Informação de Mianmar disse em comunicado na quarta-feira que os jornalistas da Reuters e dois policiais enfrentam acusações sob a lei de segredos oficiais da era colonial britânica. A lei de 1923 tem uma pena de prisão máxima de 14 anos.

Os repórteres "adquiriram informação ilegalmente com a intenção de compartilhá-la com a mídia estrangeira", disse o comunicado, que foi acompanhado por uma foto dos dois jornalistas em algemas.

Em comunicado, o presidente e editor-chefe da Reuters, Stephen J. Adler, disse na quarta-feira: "Estamos indignados com este flagrante ataque à liberdade de imprensa. Pedimos que autoridades os libertem imediatamente".

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