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Mundo

Primeira-dama da Ucrânia diz que invasão separou sua família

Olena Zelenska passou mais de dois meses afastada do marido

23 mai 2022 - 12h35
(atualizado às 12h50)
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Em uma rara entrevista conjunta, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e sua esposa, Olena Zelenska, afirmaram que a invasão da Rússia separou sua família, bem como outras milhares em todo o país.

Volodymyr Zelensky ao lado de Olena Zelenska durante uma cerimônia em Tallinn, na Estônia
Volodymyr Zelensky ao lado de Olena Zelenska durante uma cerimônia em Tallinn, na Estônia
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

A primeira-dama ucraniana precisou passar os últimos dois meses e meio longe do marido, mas confirmou que permanece firme ao lado do mandatário, mesmo em um momento tão delicado no país.

"Nossa família está destruída, como qualquer família ucraniana, mas ninguém tira meu marido de mim, nem mesmo a guerra. Ele vive para o seu trabalho e dificilmente nos vemos, a gente não se via há dois meses e meio, tanto que nos falamos recentemente por telefone", disse Zelenska em entrevista à emissora "Rada".

Desde que a Rússia iniciou a invasão, essa foi a segunda vez que os dois aparecem juntos. A primeira aconteceu recentemente, quando Olena e Volodymyr compareceram ao funeral do primeiro presidente da Ucrânia, Leonid Kravchuk, em Kiev.

Antes disso, a primeira-dama ucraniana permaneceu secretamente escondida em um lugar por um longo período por razões de segurança.

"Me lembro de acordar com alguns sons estranhos lá fora, como provavelmente aconteceu com todo mundo. Estava escuro e vi que Volodymyr não estava ao meu lado. Entrei na sala ao lado e ele já estava de terno, mas sem gravata. Eu perguntei a ele: 'O que está acontecendo?'. E ele respondeu: 'Começou'. Não consigo descrever as emoções, a ansiedade e o espanto. Ele me disse isso e foi embora. Depois ficamos muito tempo sem nos vermos", concluiu a primeira-dama, mãe dois filhos de 17 e 9 anos de idade.

Natural de Kryvyi Rih, a roteirista Olena tem sido pouco vista em público nos últimos meses, mas prosseguiu com seu compromisso ao divulgar apelos e entrevistas, especialmente para crianças ucranianas feridas, doentes e refugiadas. .

Ansa - Brasil   
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