PUBLICIDADE

Mundo

Pressão de evangélicos ajudou a encaminhar decisão de Trump sobre Jerusalém

7 dez 2017 - 11h10
(atualizado às 11h22)
Compartilhar
Exibir comentários

Uma pressão intensa e contínua de evangélicos dos Estados Unidos ajudou a induzir o presidente norte-americano Donald Trump a decidir reconhecer Jerusalém como capital de Israel e transferir a embaixada dos EUA para lá no futuro, disseram ativistas.

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante entrevista com repórteres na Casa Branca, em Washington, EUA 30/11/2017 REUTERS/Kevin Lamarque
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante entrevista com repórteres na Casa Branca, em Washington, EUA 30/11/2017 REUTERS/Kevin Lamarque
Foto: Reuters

Embora Trump não tenha renovado a promessa da transferência, os assessores cristãos conservadores do presidente republicano insistiram no assunto de forma constante em reuniões de praxe na Casa Branca, segundo ativistas conservadores.

"Não tenho dúvida de que os evangélicos desempenharam um papel significativo nesta decisão", disse Johnnie Moore, pastor da Califórnia que atua como porta-voz de um conselho de evangélicos de destaque que aconselham a Casa Branca. "Não acredito que isso teria acontecido sem eles."

A Casa Branca não respondeu a pedidos de comentário.

Muitos evangélicos norte-americanos expressam grande solidariedade com os conservadores de Israel e sentem uma conexão com o Estado judeu baseada na Bíblia.

Há tempos os cristãos conservadores argumentam que reconhecer formalmente Jerusalém, que abriga santuários judeus, muçulmanos e cristãos, é algo que já deveria ter ocorrido desde um mandato congressual de 1995 que determina a mudança da embaixada de Tel Aviv. Eles encontraram em Trump e no vice-presidente dos EUA, Mike Pence, sua plateia mais acolhedora.

Os esforços dos ativistas incluíram uma campanha de emails lançada pelo grupo Minha Fé Vota. O grupo é presidido por Mike Huckabee, ex-candidato presidencial republicano e pai de Sarah Huckabee Sanders, porta-voz da Casa Branca.

O grupo publicou um formulário em seu site e incentivou as pessoas a contatarem a Casa Branca para pressionar pelo reconhecimento de Jerusalém como capital israelense.

Outro grupo evangélico, os Líderes Cristãos Americanos porIsrael, que inclui os ativistas conservadores Gary Bauer e Penny Nance, enviou uma carta a Trump alertando que o tempo é uma questão crucial na transferência da embaixada.

A decisão de Trump foi criticada por líderes palestinos e outros da comunidade internacional, que temem que a medida desencadeie tumultos na região. Os palestinos querem Jerusalém Oriental como a capital de seu futuro Estado.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade
Publicidade