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Presidente do Irã pede união para superar "guerra econômica" dos Estados Unidos

28 ago 2019 - 20h24
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O presidente do Irã, Hassan Rouhani, pediu nesta quarta-feira que seus cidadãos se unissem para superar uma "guerra econômica" imposta pelos Estados Unidos, enquanto seu governo disse que usaria a diplomacia para tentar resolver o impasse embora não confiasse no presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. 

Presidente do Irã, Hassan Rouhani, discursa em Teerã
22/08/2019  Site Oficial do Presidente/Divulgação via REUTERS
Presidente do Irã, Hassan Rouhani, discursa em Teerã 22/08/2019 Site Oficial do Presidente/Divulgação via REUTERS
Foto: Reuters

As tensões entre os governos de Teerã e de Washington estão em alta desde que Trump se retirou de um acordo firmado em 2015 para limitar o programa nuclear iraniano com outras seis potências, restabelecendo sanções sobre o Irã. 

"Precisamos nos unir para lutar contra e vencer essa guerra econômica que a América lançou contra o Irã", disse Rouhani em um discurso televisionado. 

Rouhani disse na terça-feira que não haveria negociações com os Estados Unidos até que as sanções sobre o governo de Teerã fossem suspensas. 

Desde o abandono do acordo no ano passado Trump insiste em uma política de "pressão máxima" para tentar forçar o Irã a negociar mais amplamente para restringir seu programa de mísseis balísticos e encerrar seu apoio à forças aliadas em conflitos no Oriente Médio. 

O Irã, que aos poucos tem quebrado o acordo nuclear em retaliação às sanções norte-americanas, ameaçou mais violações no início de setembro a não ser que as sanções sejam aliviadas. 

O porta-voz do governo iraniano Ali Rabie disse na quarta-feira: "Levando em conta os traços de personalidade de Donald Trump, nós não confiamos nele; entretanto, o Irã nunca abandonou a diplomacia, mas estamos determinados a seguir esse caminho como iguais (em relação aos Estados Unidos)", reportou o canal de televisão estatal do país. 

Em Washington, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Mark Esper, disse que uma iniciativa de Segurança Marítima liderada pelos Estados Unidos no Golfo havia começado. 

Até agora Reino Unido, ao lado de Austrália e Barein, se juntaram aos Estados Unidos em uma medida  para proteger embarcações comerciais após a apreensão de um petroleiro de bandeira britânica por forças iranianas no Estreito de Ormuz em julho. 

Esper disse que a presença dos Estados Unidos e de seus aliados na região até agora impedia o Irã de conduzir novas ações. 

"Não estou certo se estou pronto para dizer que a crise acabou, mas até agora tudo bem, e esperamos que essa tendência continue", disse Esper a jornalistas no Pentágono. 

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