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Presidente do Equador diz que Assange pode deixar a embaixada se quiser

6 dez 2018 - 19h13
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O presidente do Equador, Lenin Moreno, disse nesta quinta-feira que há um "caminho" para que o fundador do WikiLeaks Julian Assange deixe a embaixada do país sul-americano em Londres, onde vive há seis anos após pedido de asilo, se assim ele escolher. 

Assange na embaixada do Equador em Londres
 19/5/2017    REUTERS/Peter Nicholls
Assange na embaixada do Equador em Londres 19/5/2017 REUTERS/Peter Nicholls
Foto: Peter Nicholls / Reuters

Assange diz que o Equador está buscando maneiras para encerrar seu asilo e entregá-lo para os Estados Unidos, onde procuradores preparam um caso criminal contra ele. O WikiLeaks já publicou milhares de documentos militares confidenciais dos Estados Unidos, entre outras revelações. 

"Há um caminho para o sr. Assange tomar uma decisão para sair próximo da liberdade", disse Moreno em uma entrevista a uma rádio local. 

Ele apontou que Assange ainda enfrenta possibilidade de ser preso no Reino Unido por ter violado os termos de sua fiança ao buscar asilo para evitar sua extradição para a Suécia, onde autoridades queriam interrogá-lo como parte de uma investigação sobre abuso sexual. 

A investigação foi posteriormente encerrada, mas o Reino Unido diz que ele será preso se deixar a embaixada. 

Moreno diz que a condenação por ter violado a fiança "não seria longa". O Reino Unido disse ao Equador que seu tempo de prisão não excederia seis meses e que ele não enfrentaria a possibilidade de extradição se deixasse a embaixada. 

Assange insiste que as autoridades britânicas irão entregá-lo aos Estados Unidos. 

"Eu não gosto da presença do sr. Assange na embaixada do Equador, mas nós fomos respeitosos em relação aos seus direitos humanos e com esse respeito em mente, acreditamos que seis anos é muito tempo para que alguém continue praticamente encarcerado em uma embaixada", disse Moreno. 

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