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Presidente diz que iranianos têm o direito de protestar, mas precisam evitar a violência

31 dez 2017 - 16h25
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O presidente do Irã, Hassan Rouhani, em sua primeira reação pública após quatro dias de protestos contra o governo, disse neste domingo que os iranianos têm o direito de protestar e criticar as autoridades, mas suas ações não devem levar à violência ou danificar a propriedade pública.

"As pessoas são absolutamente livres para criticar o governo e protestar, mas suas manifestações devem ocorrer de maneira a melhorar a situação no país e suas vidas", disse Rouhani a seu gabinete segundo a agência de notícias oficial IRNA.

"Crítica é diferente de violência e danos às propriedades públicas." 

Manifestantes contrários ao governo protestaram neste domingo, desafiando um alerta das autoridades sobre uma dura repressão, chegando ao quarto dia de um dos desafios mais audaciosos à liderança clerical desde a revolta pró-reformas em 2009.

Dezenas de milhares de pessoas protestaram pelo país desde quinta-feira contra a elite clerical não eleita da República Islâmica e sua política de relações exteriores na região. Eles também entoaram slogans em apoio a prisioneiros políticos.

"Resolver os problemas não é fácil e vai levar tempo. O governo e as pessoas devem se ajudar para resolver os problemas", disse Rouhani, de acordo com a IRNA.

Rouhani também rebateu os comentários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que defendeu o protesto.

"Este homem na América que está sendo simpático hoje ao nosso povo se esqueceu que chamou os iranianos de terroristas há alguns meses. Este homem, que é contra a nação iraniana até os ossos, não tem direito de demonstrar simpatia aos iranianos", disse Rouhani.

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