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Presidente de Taiwan rejeita controle da China, que fala em "reunificação" inevitável

20 mai 2020 - 11h59
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Taiwan não pode aceitar se tornar parte da China nos moldes da oferta de autonomia "um país, dois sistemas", disse sua presidente, Tsai Ing-wen, nesta quarta-feira, rejeitando com ênfase as reivindicações de soberania chinesas e provavelmente abrindo caminho para uma deterioração ainda maior dos laços.

Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen
20/05/2020
Wang Yu Ching/Taiwan Presidential Office/Handout via REUTERS
Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen 20/05/2020 Wang Yu Ching/Taiwan Presidential Office/Handout via REUTERS
Foto: Reuters

A China respondeu que a "reunificação" é inevitável e que jamais tolerará a independência de Taiwan.

Discursando ao ser empossada para seu segundo e último mandato, Tsai disse que as relações entre Taiwan e China chegaram a um estágio crítico histórico.

"Os dois lados têm a tarefa de encontrar uma maneira de coexistir no longo prazo e evitar a intensificação do antagonismo e das diferenças", disse ela.

Tsai e seu Partido Democrático Progressista venceram as eleições presidenciais e parlamentares de janeiro com grande vantagem prometendo enfrentar a China, que reivindica Taiwan como sua e diz que submeterá a ilha ao controle de Pequim à força, se necessário.

"Aqui, quero reiterar as palavras 'paz, paridade, democracia e diálogo'. Não aceitaremos o uso do 'um país, dois sistemas' por parte das autoridades de Pequim para rebaixar Taiwan e minar o status quo no estreito. Nós nos atemos a este princípio".

A China usa a política "um país, dois sistemas", que deveria garantir um grau alto de autonomia, para governar a ex-colônia britânica de Hong Kong, que voltou ao comando chinês em 1997. Ela a ofereceu a Taiwan, mas todos os principais partidos taiwaneses a rejeitam.

O Escritório de Assuntos de Taiwan da China respondeu a Tsai dizendo que Pequim se aterá à fórmula "um país, dois sistemas" - um pilar da política do presidente chinês, Xi Jinping, para Taiwan - e "não deixará nenhuma espaço para atividades separatistas para a independência de Taiwan".

"A reunificação é uma inevitabilidade histórica do grande rejuvenescimento da nação chinesa", disse. "Temos o desejo firme, a confiança plena e capacidade suficiente para defender a soberania nacional e a integridade territorial."

A China vê Tsai como uma separatista determinada a obter a independência formal de Taiwan. Tsai diz que Taiwan é um Estado independente chamado República da China, seu nome oficial, e que não quer fazer parte da República Popular da China governada por Pequim.

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