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Presidente de partido italiano critica prisão de Lula

Matteo Orfini quer enviar missão para ver condições do petista

9 abr 2018 - 15h29
(atualizado em 10/4/2018 às 15h51)
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O presidente do Partido Democrático (PD), principal legenda de centro-esquerda da Itália, pediu nesta segunda-feira (9) que a comunidade internacional se movimente para condenar a prisão de Luiz Inácio Lula da Silva.

Presidente de partido italiano critica prisão de Lula
Presidente de partido italiano critica prisão de Lula
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Matteo Orfini, de 43 anos, é deputado desde 2013 e um dos principais expoentes atuais do PD, que governou o país no último quinquênio e, mesmo derrotado nas eleições de 4 de março, ainda é a segunda sigla mais popular da Itália.

"Aquilo que está ocorrendo no Brasil contra o ex-presidente Lula é de uma gravidade inaudita, assim como o silêncio da maior parte das organizações políticas e das instituições europeias. Compartilho a proposta do eurodeputado Roberto Gualtieri de enviar uma delegação do Parlamento Europeu para monitorar as condições de detenção às quais Lula está submetido", escreveu Orfini no Facebook.

Gualtieri, também do PD, é presidente da Comissão para Problemas Econômicos e Monetários do Parlamento da União Europeia e pediu o envio de uma delegação do bloco a Curitiba no último domingo (8), em uma mensagem no Twitter. Além disso, afirmou que Lula foi "condenado sem provas, em um processo grotesco".

"O governo italiano e a comunidade internacional devem se ativar o mais rapidamente possível para favorecer o restabelecimento de uma normal e transparente dialética democrática no Brasil, que parece estar comprometida pelo modo no qual, após o incrível impeachment de Dilma Rousseff, se está impedindo com todos os meios a participação de Lula nas eleições presidenciais, em detrimento das garantias do Estado de Direito", concluiu Orfini.

No entanto, a depender de quem será o próximo primeiro-ministro da Itália, Lula pode não encontrar a mesma solidariedade. O ultranacionalista Matteo Salvini (Liga), um dos cotados para assumir o posto, disse que a Justiça brasileira de um sinal de "liberdade e mudança" ao prender o petista.

O apoio ao ex-presidente chega sobretudo de grupos de esquerda, como o Partido da Refundação Comunista (PRC), que fará um flash mob em frente à Embaixada do Brasil em Roma para criticar a detenção. "As oligarquias corruptas que promoveram o golpe temem a enorme popularidade de Lula e por isso querem impedir sua candidatura", diz o PRC.

Ansa - Brasil   
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