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Mundo

Presidente da Argentina é denunciado por aglomeração em funeral de Maradona

Oposição afirma que cerimônia favoreceu disseminação da Covid-19

27 nov 2020 - 17h38
(atualizado às 18h02)
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Um grupo de líderes da oposição na Argentina denunciou nesta sexta-feira (27) o presidente Alberto Fernández sob a acusação de favorecer a disseminação do novo coronavírus (Sars-CoV-2) ao organizar o funeral do craque Diego Armando Maradona, morto no dia 25 de novembro após uma parada cardiorrespiratória, na Casa Rosada, sede do governo.

Oposição afirma que cerimônia favoreceu disseminação da Covid-19
Oposição afirma que cerimônia favoreceu disseminação da Covid-19
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Segundo o jornal "La Nación", a denúncia foi apresentada por Yamil Santoro e Antonio Fratamico, líderes da coalizão dos Republicanos Unidos, uma força liberal comandada por Ricardo López Murphy e Darío Lopérfido.

O grupo acusa o presidente argentino de ter causado uma situação que violava as normas sanitárias de distanciamento social preventivo e obrigatório, decretadas pelo mesmo governo, com a organização da despedida do ídolo argentino.

Os líderes da oposição também afirmaram que Fernández cometeu o crime de descumprimento dos deveres de funcionário público.

"O chefe de Estado violou um dos princípios fundamentais estabelecidos pela nossa lei, o princípio da igualdade", disseram. Segundo eles, o líder argentino estabeleceu "um duplo padrão no que diz respeito aos funerais, que dependem da condição da pessoa: se é famosa ou não".

"Se não é [famoso], valem as regras de saúde preventiva da Covid-19. Se é, não existe regra que proíba reunir milhões de pessoas na Plaza de Mayo, nas ruas circundantes e na própria sede do governo", finalizaram.

Maradona é considerado um dos maiores jogadores da história do futebol argentino e internacional. Sua morte gerou comoção e mobilizou fãs do mundo inteiro. Na Casa Rosada, onde ocorreu o funeral do argentino, milhares de pessoas se reuniram para dar seu adeus ao craque. A multidão, porém, não se privou de participar do momento histórico em decorrência da pandemia do novo coronavírus Sars-CoV-2.

Durante a cerimônia de despedida, foi possível ver diversas aglomerações e argentinos sem máscaras de proteção. Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, a Argentina está entre os países mais afetados pela propagação da Covid-19. Ao todo, são 37.941 mortes e 1.399.431 casos confirmados da doença.

Ansa - Brasil   
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