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Premiê palestino visita Gaza em busca de reconciliação com Hamas

2 out 2017 - 10h15
(atualizado às 10h45)
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O primeiro-ministro palestino, Mahmoud Abbas, deixou sua sede na Cisjordânia rumo à Faixa de Gaza nesta segunda-feira para buscar uma reconciliação entre Hamas e Fatah, uma década depois de o grupo islâmico ter ocupado o território durante uma guerra civil.

Primeiro-ministro palestino, Mahmoud Abbas, em Sóchi, na Rússia 11/05/2017 REUTERS/Yuri Kochetkov
Primeiro-ministro palestino, Mahmoud Abbas, em Sóchi, na Rússia 11/05/2017 REUTERS/Yuri Kochetkov
Foto: Reuters

Na semana passada o Hamas anunciou que está cedendo o controle administrativo da Faixa de Gaza a um governo de união liderado por Rami al-Hamdallah, mas a ala armada do movimento continua sendo a força dominante no enclave palestino de dois milhões de habitantes.

    "Voltamos a Gaza para concluir a reconciliação e a união nacional e acabar com os impactos dolorosos das divisões e para reconstruir Gaza tijolo por tijolo", disse Hamdallah em uma cerimônia de boas-vindas a Abbas.

Forças leais ao presidente palestino perderam o controle de Gaza em um conflito com o Hamas em 2007.

    A mudança de posição do Hamas foi o passo mais significativo rumo à união palestina desde que o governo foi formado em 2014. A administração não funcionou em Gaza --onde Israel e o Hamas disputaram três guerras desde 2008-- por causa das disputas entre Hamas e Fatah no tocante às suas responsabilidades.

    Analistas disseram que reduzir as divisões internas pode ajudar Abbas, que tem apoio ocidental, a se contrapor ao argumento israelense de que não existe um parceiro de negociação para a paz com os palestinos.

    "Viemos com instruções de Abbas para dizer ao mundo, do coração de Gaza, que o Estado palestino não pode e não será estabelecido sem uma união geográfica e política entre Gaza e a Cisjordânia", disse Hamdallah.

    Uma guarda de honra da polícia do Hamas e centenas de palestinos, muitos deles acenando com bandeiras palestinas, esperaram Hamdallah diante do posto de controle comandado pelo Hamas, localizado na estrada pela qual o premiê e sua comitiva passaram e que cruza a fronteira israelense em Erez.

    O Hamas, que Israel e o Ocidente consideram um grupo terrorista, deu o passo dramático rumo à união no mês passado, desmantelando seu governo sombra em Gaza depois que Egito, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos impuseram um boicote econômico a seu principal doador, o Catar, devido a seu suposto apoio ao terrorismo. O Catar nega a alegação.

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