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Premiê iraquiano irá declarar vitória em Mosul; militares enfrentam últimos bolsões de resistência

10 jul 2017 - 09h32
(atualizado às 09h38)
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O primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, deve declarar vitória sobre o Estado Islâmico em Mosul nesta segunda-feira, já que só algumas dezenas de militantes ainda mantêm a resistência na cidade que foi a capital de seu califado autodeclarado nos últimos três anos.

Primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, em Mosul. Escritório de mídia do primeiro-ministro do Iraque/Divulgação via REUTERS
Primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, em Mosul. Escritório de mídia do primeiro-ministro do Iraque/Divulgação via REUTERS
Foto: Reuters

Era possível ouvir tiros e explosões enquanto a coalizão liderada pelos Estados Unidos bombardeava as poucas posições restantes do grupo.

"Eles não irão declarar vitória até a área estar totalmente conquistada", disse o oficial do Exército iraquiano Firas Abdel Qassim. Os militantes ainda controlam um pequeno trecho, explicou.

Abadi tem se encontrado com autoridades militares e políticas em Mosul em um clima de festa que contrasta com o medo que se disseminou rapidamente quando algumas centenas de combatentes do Estado Islâmico tomaram a cidade e o Exército do país desmoronou em julho de 2014.

O líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, chocou o Oriente Médio e potências ocidentais pouco tempo depois aparecendo no púlpito da Grande Mesquita de Al-Nuri em plena luz do dia para declarar um califado e se anunciar como líder de todos os muçulmanos.

Um reinado de terror se seguiu, alienando até apoiadores que eram sunitas, como os membros do grupo, com o tempo, o que criou uma vantagem para as forças de segurança.

Baghdadi fugiu da cidade e seu paradeiro exato é desconhecido. Há relatos de que ele está morto, mas autoridades iraquianas e ocidentais não conseguiram confirmar até o momento.

Mesmo que Baghdadi seja morto ou capturado, é improvável que isso detenha o Estado Islâmico, que agora deve ir para o deserto ou as montanhas do Iraque e desencadear uma insurgência, semelhantemente ao que a Al Qaeda fez após a queda de Saddam Hussein em 2003.

Embora a derrota na segunda maior cidade iraquiana seja um golpe duro nos extremistas, o grupo controla várias cidades grandes e pequenas ao sul e ao oeste de Mosul.

O Estado Islâmico também está sendo muito pressionado em seu quartel-general de operações na cidade síria de Raqqa, e seu califado, que já se estendeu pelos dois países, está desmoronando.

Os militantes, porém, devem continuar tramando ataques contra o Ocidente e inspirando atos de violência de estilo "lobo solitário" de indivíduos ou grupos pequenos, como visto em incidentes recentes no Reino Unido, na França e em outros locais.

Grande parte de Mosul foi destruída durante os combates - centenas de casa foram arrasadas por ataques aéreos e residências de pedra centenárias foram evisceradas por explosões.

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