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Premiê do Canadá conquista novo governo de minoria em eleição, reivindica "mandato claro"

21 set 2021 - 08h50
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O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, manteve o cargo na segunda-feira, quando seu principal rival reconheceu sua vitória eleitoral, dizendo que recebeu uma autoridade clara para governar, mas não concretizou o objetivo de conquistar uma maioria no Parlamento.

Primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, discursa para apoiadores em Montreal após vitória nas eleições
21/09/2021 REUTERS/Christinne Muschi
Primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, discursa para apoiadores em Montreal após vitória nas eleições 21/09/2021 REUTERS/Christinne Muschi
Foto: Reuters

Trudeau, que está no poder desde 2015 e comanda um governo de minoria na Câmara dos Comuns desde 2019, decidiu apostar em uma eleição antecipada para tentar capitalizar a maneira como seu governo lida com a pandemia, o que inclui gastos maciços para apoiar indivíduos e estabelecimentos e uma ofensiva para atingir taxas altas de vacinação.

No entanto, ele terminará onde começou depois de uma corrida eleitoral inesperadamente acirrada, caracterizada por uma campanha morna e uma revolta do eleitorado com uma eleição durante a pandemia.

O líder conservador Erin O'Toole, cujo partido ficou em segundo lugar, reconheceu a derrota à medida que os resultados começaram a chegar, já tarde da noite. Trudeau discursou aos apoiadores pouco depois, prometendo trabalhar com outros partidos pelo bem de todos os canadenses.

"Você estão nos mandando de volta ao trabalho com uma autoridade clara para fazer o Canadá atravessar esta pandemia rumo aos dias mais brilhantes que virão", disse o premiê a uma plateia pequena reunida no salão de festas de um hotel. "O que vimos esta noite é que milhões de canadenses escolhem um plano progressista."

As redes CBC e CTV projetaram que o governo liberal de Trudeau preservaria uma minoria de cadeiras na Câmara dos Comuns, o que significa que ele precisará do apoio de outro partido para governar.

A entidade Eleições do Canadá apontou os liberais liderando nacionalmente em 156 distritos eleitorais, um a mais do que tinha antes da votação, incluindo 110 em Ontario, rica em votos, e no Québec.

"É uma eleição do Dia da Marmota", disse Gerald Baier, professor de ciência política da Universidade da Colúmbia Britânica. "Parece que a ambivalência (da eleição de 2019) continua."

A Câmara dos Comuns tem 338 cadeiras, e qualquer sigla precisa conquistar 170 para ter uma maioria. Os conservadores lideravam em 122 distritos.

Eles também pareciam a caminho de vencer a votação popular, tendo atraído 34% de apoio, mais do que os 32% dos liberais, mas o apoio aos governistas gira em torno de áreas urbanas e suburbanas onde há mais assentos.

"Nosso apoio cresce, cresce em todo o país, mas está claro que há mais trabalho para fazermos para merecer a confiança dos canadenses", disse O'Toole aos apoiadores, insinuando que pretende continuar como líder da legenda.

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