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Premiê da Etiópia comemora vitória, mas líder de Tigré diz que guerra não acabou

30 nov 2020 - 09h21
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O primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, elogiou seus soldados nesta segunda-feira pela vitória sobre um movimento rebelde do norte, mas o líder das forças de Tigré disse que eles ainda estão lutando, e existe o temor de uma guerra de guerrilha prolongada.

Integrantes da Frente de Libertação do Povo do Tigré
09/11/2020
REUTERS/Tiksa Negeri/
Integrantes da Frente de Libertação do Povo do Tigré 09/11/2020 REUTERS/Tiksa Negeri/
Foto: Reuters

A guerra de quase um mês já matou centenas, e provavelmente milhares, fez refugiados fugirem para o Sudão, implicou a Eritreia, afetou uma missão de paz na Somália e aprofundou as divisões entre os inúmeros grupos étnicos da Etiópia.

As tropas de Abiy tomaram Mekelle, a capital de Tigré, no final de semana e declararam a derrota da Frente de Libertação do Povo do Tigré (TPLF), movimento de guerrilha convertido em partido político que dominou o governo nacional durante quase três décadas até 2018.

"Nossa Constituição foi atacada, mas não levamos três anos, levamos três semanas", disse Abiy ao Parlamento, comparando sua ofensiva com a Guerra Civil norte-americana dos anos 1860.

Embora a cidade de 500 mil habitantes situada em terras altas tenha caído sem muita resistência, mais tarde a TPLF disse que abateu um avião e retomou uma cidade pequena.

Seu líder, Debretsion Gebremichael, um ex-operador de rádio de 57 anos, negou reportagens segundo as quais ele fugiu para o Sudão do Sul e disse que suas forças capturaram alguns soldados da vizinha Eritreia perto de Wukro, cerca de 50 quilômetros ao norte de Mekelle.

"Estou perto de Mekelle, em Tigré, combatendo os invasores", disse Gebremichael à Reuters em uma mensagem de texto.

(Da redação de Adis-Abeba, Duncan Miriri e David Lewis em Nairóbi)

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