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Europa diz que se aproxima de plano para salvar acordo nuclear do Irã

25 abr 2018 - 14h15
(atualizado às 15h29)
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Diplomatas ocidentais disseram na quarta-feira que Reino Unido, Alemanha e França se aproximavam de um pacote para oferecer ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para tentar convencê-lo a salvar o acordo nuclear do Irã, mesmo que Teerã despreze o líder norte-americano como "comerciante".

Presidente francês,  Emmanuel Macron 
25/04/2018
REUTERS/Aaron Bernstein
Presidente francês, Emmanuel Macron 25/04/2018 REUTERS/Aaron Bernstein
Foto: Reuters

Trump descreveu o pacto de 2015, segundo o qual o Irã concordou em conter suas atividades nucleares em troca do fim de sanções, como o pior acordo já negociado e ameaçou rasgá-lo reimpondo as sanções norte-americanas no mês que vem.

Brian Hook, o principal negociador dos EUA com os três países europeus que buscam uma maneira de manter os Estados Unidos no acordo, disse à Rádio Pública Nacional em Washington que "ainda não chegamos lá, mas fizemos algum progresso".

Rússia, China, Alemanha, Reino Unido e França, que costuraram o acordo com o Irã e com os Estados Unidos, veem o pacto como a melhor maneira de impedir que o Irã desenvolva uma bomba nuclear.

Diplomatas ocidentais disseram à Reuters que três meses de reuniões estavam culminando em um pacote de medidas separadas que poderiam ser tomadas contra Teerã na esperança de que eles satisfizessem Trump, mantendo o acordo intacto.

"Trata-se de convencer o presidente Trump, não é um novo acordo com o Irã", disse um importante diplomata da União Européia.

Em Jerusalém, o ministro israelense de Inteligência, Israel Katz, disse que um possível acordo entre EUA e Europa sobre o programa nuclear do Irã pode fazer com que Trump se contenha. Katz não disse se Israel apoiou um acordo separado proposto pelo presidente francês, Emmanuel Macron, em conversas com Trump na terça-feira.

Israel pediu no passado que o acordo, que foi assinado em Viena e é oficialmente conhecido como Plano de Ação Conjunto Abrangente (JCPOA, na sigla em inglês), fosse "ajustado ou cancelado".

Em Genebra, Christopher Ford, autoridade de não-proliferação dos Estados Unidos, disse aos repórteres: "Não pretendemos renegociar o JCPOA nem reabri-lo nem mudar seus termos", mas Washington quer um "acordo suplementar" para trazer novas regras, termos e restrições.

Reino Unido, França e Alemanha não querem uma renegociação do acordo. Eles estão tentando estabelecer medidas separadas acertadas entre a Europa e os Estados Unidos para abordar áreas não tratadas pelo acordo, principalmente o apoio de Teerã ao presidente sírio Bashar al-Assad e a contenção do programa de mísseis balísticos do Irã.

Isso poderia incluir novas sanções da União Européia contra o Irã, disseram diplomatas à Reuters.

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