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Pompeo diz que EUA ajudarão a impedir que protestos na América Latina se transformem em distúrbios

2 dez 2019 - 13h00
(atualizado às 14h21)
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O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, acusou na segunda-feira Cuba e Venezuela de tentarem se apropriar de protestos democráticos na América Latina, prometendo que os Estados Unidos apoiarão os países que tentarem impedir que as manifestações na região se transformem em distúrbios.

Secertário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, durante entrevista coletiva em Bruxelas
20/11/2019 REUTERS/Francois Lenoir
Secertário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, durante entrevista coletiva em Bruxelas 20/11/2019 REUTERS/Francois Lenoir
Foto: Reuters

Em meio a manifestações recentes em vários países da região, Pompeo intensificou as alegações de que Cuba e Venezuela têm ajudado a fomentar protestos durante seu discurso em Kentucky, mas deu poucos detalhes para sustentar suas declarações.

Pompeo citou os protestos recentes na Bolívia, no Chile, na Colômbia e no Equador e disse que a Colômbia fechou sua fronteira com a Venezuela por preocupações de que manifestantes do país vizinho entrassem no país.

"Nós, no governo Trump, continuaremos a apoiar países que tentam evitar que Cuba e Venezuela se apropriem desses protestos e vamos trabalhar com os (governos) legítimos para impedir que protestos se transformem em distúrbios e violência que não refletem a vontade democrática do povo", disse Pompeo à plateia na Universidade de Louisville, em Kentucky.

As relações dos EUA com a comunista Cuba se deterioraram desde que o presidente norte-americano, Donald Trump, assumiu em janeiro de 2017. Seu governo consistentemente recuou em partes da abertura histórica realizada no governo do democrata Barack Obama, que antecedeu Trump.

A tensão se concentrou especialmente no apoio dado por Cuba ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, cujo país vive um colapso econômico. Ele também é acusado por Washington de corrupção e violação dos direitos humanos.

Os EUA e mais de 50 outros países reconheceram o líder da oposição venezuelana Juan Guaidó como presidente legítimo do país. Guaidó recorreu à Constituição para se autoproclamar presidente em janeiro, alegando que a reeleição de Maduro em 2018 foi uma fraude.

Mas Maduro mantém o apoio das Forças Armadas, dirige as operações cotidianas do governo e tem apoio de Rússia, China e Cuba.

Em seu discurso nesta segunda, Pompeo disse que Maduro está "se sustentando" e vai continuar a oprimir a população venezuelana, mas o secretário de Estado se disse confiante que a liderança dele no país vai acabar.

"O fim vai chegar para Maduro também. Só não sabemos qual será o dia", disse Pompeo.

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