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Pompeo cobra Otan a se adaptar a ameaças crescentes, inclusive da China

4 abr 2019 - 12h12
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O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, pediu nesta quinta-feira aos aliados da Otan que se adaptem para confrontar uma gama ampla de ameaças crescentes, incluindo agressões da Rússia, a competição estratégica da China e a migração descontrolada.

Reunião de ministros de Relações Exteriores de países da Otan no Departamento de Estado dos EUA, em Washington
04/04/2019
REUTERS/Joshua Roberts
Reunião de ministros de Relações Exteriores de países da Otan no Departamento de Estado dos EUA, em Washington 04/04/2019 REUTERS/Joshua Roberts
Foto: Reuters

Pompeo fez o apelo na abertura de uma reunião de ministros das Relações Exteriores da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Washington que marcou o 70º aniversário da aliança militar transatlântica.

Ele disse que é importante fortalecer a aliança de 29 membros para fazer frente a novas ameaças de Rússia, China e Irã.

"Precisamos adaptar nossa aliança para confrontar ameaças emergentes... seja a agressão russa, a migração descontrolada, ataques cibernéticos, ameaças à segurança energética, a competição estratégica chinesa, incluindo tecnologia e 5G, e muitas outras questões", disse Pompeo.

Em uma diretriz estratégica de 2018, os militares dos Estados Unidos colocaram a contraposição à Rússia e à China no cerne de uma nova estratégia de defesa nacional.

A reunião da Otan terá como foco maneiras de conter a agressão russa e buscará acertar um pacote de medidas para intensificar a presença militar da entidade no Mar Negro, disseram autoridades da Otan.

Pompeo disse que a Otan também deveria confrontar a guerra cibernética crescente.

Washington disse que não terá parcerias com países que adotem sistemas da chinesa Huawei Technologies, mas o tema gera discórdia com a União Europeia, que vem refutando pedidos norte-americanos para banir a empresa em todo o bloco.

A maioria dos membros da Otan é de países da UE.

A Huawei está na mira de agências de inteligência ocidentais devido aos seus supostos laços com o governo chinês e a possibilidade de que seus equipamentos possam ser usados para espionagem. A Huawei vem negando que realiza trabalhos de inteligência para qualquer governo.

Os EUA também estão em atrito com nações europeias porque muitas delas não cumprem as diretrizes orçamentárias da Otan, que exigem que invistam 2 por cento de seu produto interno bruto (PIB) em defesa.

Falando aos jornalistas no início da reunião, o chefe da Otan, Jens Stoltenberg, disse que os aliados da entidade deveriam se comprometer a gastar mais com a defesa - o presidente dos EUA, Donald Trump, pediu que seus membros gastem até mais que 2 por cento de seu PIB.

Na véspera, Stoltenberg disse em entrevista à Reuters que a Otan pode considerar a possibilidade de outros países da América Latina se juntarem à Colômbia na lista de parceiros da aliança, aparentemente descartando a sugestão de Trump de que o Brasil possa um dia se tornar um membro integral da Otan.

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