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Polônia não se curvará à "chantagem" da UE, mas vai buscar resolver disputas, diz premiê

21 out 2021 - 11h36
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A Polônia não se curvará à "chantagem" da União Europeia, mas buscará resolver as disputas em curso, disse o primeiro-ministro Mateusz Morawiecki, nesta quinta-feira ao chegar para defender seu país antes de uma reunião de outros líderes em meio a uma escalada acentuada de batalhas ideológicas.

Premiê polonês, Mateusz Morawiecki, discursa durante um debate sobre a Polônia desafiar à supremacia legal da União Europeia (UE), em Estrasburgo, na França
19/10/2021 Ronald Wittek
Premiê polonês, Mateusz Morawiecki, discursa durante um debate sobre a Polônia desafiar à supremacia legal da União Europeia (UE), em Estrasburgo, na França 19/10/2021 Ronald Wittek
Foto: Reuters

As tensões de longa data entre os nacionalistas governantes da Polônia e a maioria liberal do bloco aumentaram drasticamente desde que o Tribunal Constitucional da Polônia decidiu, em 7 de outubro, que elementos legais da União Europeia (UE) eram incompatíveis com o estatuto do país.

Ao desafiar um princípio central de integração da UE, o caso cria o risco de desencadear uma nova crise no bloco --que ainda luta com as sequelas do Brexit-- bem como de a Polônia perder generosas doações da Europa.

"Algumas instituições europeias assumem o direito de decidir sobre assuntos que não foram atribuídos a elas", disse Morawiecki antes dos líderes nacionais dos 27 países-membros do bloco se reunirem em Bruxelas para uma reunião de dois dias.

"Não vamos agir sob a pressão da chantagem, estamos prontos para o diálogo, não concordamos com as competências cada vez maiores (das instituições da UE), mas é claro que vamos negociar como resolver as disputas atuais no diálogo."

O ministro das Relações Exteriores da França, Clement Baune, disse que "o projeto europeu não existe mais" se as regras comuns deixarem de vigorar.

"Se o diálogo não funcionar, podemos recorrer a vários tipos de sanções", afirmou ele antes da cúpula, quando o presidente da França, Emmanuel Macron, disse a Morawiecki para trabalhar com a Comissão Executiva para encontrar uma solução compatível com os princípios europeus.

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