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Mundo

Polícia prende 600 mulheres em protesto nos EUA

Manifestação criticou políticas migratórias de Donald Trump

29 jun 2018 - 12h03
(atualizado às 12h39)
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Cerca de 600 mulheres, incluindo a atriz norte-americana Susan Sarandon, foram detidas nesta quinta-feira (28), em um protesto contra as políticas migratórias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e contra o tratamento dado a famílias separadas na fronteira com o México.

A manifestação, que aconteceu em Washington, perto da Casa Branca, foi organizada pelo Centro pela Ação Democrática Popular e pela Marcha das Mulheres, pedindo o fim da detenção das famílias de imigrantes, a criação de um processo para reunir pais e filhos, além da abolição da agência governamental de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE, em inglês).

As manifestantes usavam cobertores de papel alumínio, em referência àqueles dados às crianças que foram separadas de seus pais na fronteira, e entoavam a frase "nós nos importamos", criticando a jaqueta utilizada pela primeira-dama Melania Trump ao visitar um abrigo no Texas, que tinha os dizeres "Eu não me importo, e você?".

Em meio a gritos de "os imigrantes são bem-vindos aqui", a polícia levou 90 minutos para prender todas as pessoas que protestavam, alegando que a manifestação era "ilegal". A democrata Pramila Jayapal, que também foi presa na manifestação, usou o Twitter para criticar a política migratória e convidar as pessoas a irem às ruas neste sábado (30) em nome do movimento #FamiliesBelongTogether, que pretende mobilizar milhares de pessoas nos EUA para reunir e proteger as famílias de imigrantes ilegais.

"Eu acabei de ser presa com um grupo de mulheres protestando contra uma política de 'tolerância zero' que é desumana e cruel.

Essa questão é sobre certo e errado. Temos que nos levantar", disse Jayapal em vídeo.

Mrinalini Chakraborty, líder do Campo de Operações e Estratégias da Marcha das Mulheres, comentou ainda que a decisão de se manifestar na calçada do Senado foi necessária para promover mudanças. "Um ato de massa de desobediência civil, sem violência, parece ser a maneira certa de mandar ondas de choque através do sistema. Só marchar não é mais suficiente", afirmou.

Segundo ela, o risco de ser presa era necessário para o movimento.

Ansa - Brasil   
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