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Plano de May para o Brexit é alvo de críticas internas e externas

3 set 2018 - 20h07
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A estratégia da primeira-ministra britânica, Theresa May, para a desfiliação do país da União Europeia será um desastre para o Reino Unido, disse seu ex-secretário de Relações Exteriores, Boris Johnson, e críticos internos e autoridades de Bruxelas intensificaram sua oposição ao chamado Brexit.

Primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May 04/07/2018 REUTERS/Simon Dawson
Primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May 04/07/2018 REUTERS/Simon Dawson
Foto: Reuters

Faltando menos de dois meses para um prazo almejado por Londres e a UE para acertarem um acordo para acabar com mais de 40 anos de união, May está tendo dificuldade para convencer seu próprio partido e um país dividido do que classifica como um Brexit pró-mercado.

A possibilidade de ela não ser capaz de fechar um acordo que conquiste o Parlamento e de o Reino Unido sair do bloco em março sem um pacto vem preocupando os mercados financeiros.

A libra esterlina recuou mais de 0,7 por cento diante do euro nesta segunda-feira, a maior perda diária em mais de três meses, e na paridade com o dólar ela recuou para 1,2859.

O ex-vice de May Damian Green disse que o governo está "percorrendo um caminho estreito com pessoas atirando pedras dos dois lados" desde que Johnson, sucessor potencial de May, e outros parlamentares conservadores atacaram o chamado plano de Chequers.

"Ao adotar as propostas de Chequers, entramos em batalha com a bandeira branca tremulando sobre nosso tanque principal. Se continuarmos nessa base, jogaremos fora a maioria das vantagens do Brexit", escreveu Johnson no jornal Daily Telegraph nesta segunda-feira.

O plano, batizado com o nome da residência de campo da premiê, onde foi acordado pelo gabinete em julho, pede o livre comércio de bens manufaturados e agrícolas entre Reino Unido e a UE, ao mesmo tempo em que Londres aceitaria regulamentações sobre bens comercializados alinhados às regras do bloco.

O governo diz que é a única maneira de concretizar o Brexit sem prejudicar a economia, mas adversários dos dois lados do debate sobre a separação o criticaram por propor ou uma ruptura muito brusca com a UE ou uma desfiliação não definitiva.

Johnson, um dos defensores mais destacados do Brexit durante o referendo de 2016 que determinou a separação britânica, deixou o gabinete de May dias após o plano de Chequers ser aprovado.

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