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Piloto de avião etíope acidentado teve problema com controles; caixas-pretas irão à Europa

13 mar 2019 - 13h20
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O piloto da Ethiopian Airlines cujo avião caiu, matando 157 pessoas, relatou problemas nos controles de voo, informou a empresa nesta quarta-feira, quando se preparava para enviar as caixas-pretas de um desastre que abalou a indústria internacional da aviação à Europa.

Voluntários fazem buscas em destroços de aeronave da Ethiopian Airlines
12/03/2019 REUTERS/Baz Ratner
Voluntários fazem buscas em destroços de aeronave da Ethiopian Airlines 12/03/2019 REUTERS/Baz Ratner
Foto: Reuters

A queda ainda sem explicação, ocorrida pouco depois da decolagem de Adis Abeba, se seguiu a outra tragédia com um jato 737 MAX na Indonésia cinco meses atrás que matou 189 pessoas.

Embora não exista indício de ligações, os dois desastres assustaram passageiros de todo o mundo, levando à suspensão do uso da maioria das aeronaves 737 MAX da Boeing e derrubando as ações da maior fabricante de aviões do mundo.

A investigação pode se concentrar em um sistema antipane automatizado que empurra o nariz do avião para baixo.

Asrat Begashaw, um porta-voz da Ethiopian Airlines, disse à Reuters que o piloto relatou problemas nos controles de voo - e não fatores externos, como pássaros - e que pediu para voltar a Adis Abeba.

"De fato ele recebeu permissão para voltar", disse, acrescentando que na quinta-feira se decidirá para qual local da Europa encaminhar as caixas-pretas. Autoridades da França e do Reino Unido disseram ainda não terem sido abordadas.

Diversas nações, e também a União Europeia, suspenderam voos do 737 MAX, o que manteve em solo cerca de dois terços dos 371 jatos da marca em operação em todo o mundo, segundo cálculos da Reuters. A Boeing tem encomendas para outros 5 mil.

Embora muitos passageiros tenham buscado garantias de agentes de viagens de que não embarcarão em um 737 MAX, os Estados Unidos se manifestaram contra uma suspensão e a Boeing continuou a afirmar ter "confiança total" no modelo.

O presidente dos EUA, Donald Trump, um entusiasta da aviação que tem laços profundos com a Boeing, recebeu garantias de segurança de seu executivo-chefe, Dennis Muilenburg.

Mesmo assim, as ações da Boeing caíram 6,1 por cento na terça-feira, elevando as perdas a 11,15 por cento desde o acidente, as maiores em dois dias desde julho de 2009 - o que diminuiu seu valor de mercado em 26,65 bilhões de dólares.

A Ethiopian Airlines disse que decidirá se cancela encomendas do 737 MAX após uma investigação preliminar.

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