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Pfizer reduz entrega de vacinas à Itália na próxima semana

País receberá 29% menos doses em relação ao previsto

15 jan 2021 - 17h08
(atualizado às 18h59)
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O comissário para a Emergência de Covid-19, Domenico Arcuri, confirmou nesta sexta-feira (15) que a Itália também sofrerá com os atrasos nas entregas das vacinas anti-Covid da Pfizer e da BioNTech a partir da próxima semana.

Itália informou que receberá menos doses do que o firmado em contrato na próxima semana
Itália informou que receberá menos doses do que o firmado em contrato na próxima semana
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

"Às 15h38 de hoje, a Pfizer comunicou unilateralmente que a partir de segunda-feira entregará ao nosso país cerca de 29% de ampolas de vacina a menos do que o planejamento que havia sido compartilhado com gabinete do Comissariado e, seu trâmite, com as regiões italianas. Não só: ela decidiu unilateralmente quais os centros de vacinação do nosso país que terão as doses diminuídas e em quanto. Análoga foi a comunicação para todos os países da UE", informou Arcuri em nota oficial.

A referência à distribuição é porque, por contrato, é a Pfizer quem faz o transporte das doses do imunizante para os 293 centros de vacinação italianos. O comissário ainda pontua que "a Pfizer não pode prever se esses fornecimentos menores prosseguirão também nas próximas semanas, nem em que medida".

O comunicado afirma que Arcuri, ao saber da diminuição, enviou "uma resposta formal à Pfizer Itália, na qual exprime a própria decepção, indica as possíveis consequências de uma redução dos fornecimentos e pede a imediata retomada das quantidades a serem distribuídas em nosso país".

"O comissário também pediu a Pfizer para rever os próprios compromissos e que deseja não ser obrigado a precisar proteger de outra maneira a saúde dos cidadãos italianos", ressalta ainda a nota.

Entre os problemas apontados por Arcuri, estão alterações importantes no programa nacional de imunização, incluindo "a aplicação da vacina aos que têm mais de 80 anos, de prover a segunda dose para os trabalhadores sanitários e para os assistidos pelas RSAs [asilos]".

"Sem a totalidade das doses necessárias traz, portanto, um grave comprometimento do seu prosseguimento. E penalizar a Itália é muito grave, considerando o esforço feito até agora por todas as regiões para acelerar a aplicação das doses", finaliza. Os italianos já vacinaram mais de um milhão de pessoas.

Os atrasos nas entregas foram comunicados primeiramente pela Noruega e depois confirmado pela própria Pfizer, que alega precisar fazer uma "readequação" da sua produção para aumentar sua capacidade para dois bilhões de doses por ano.

No entanto, a medida foi duramente criticada por muitos países da União Europeia por ter sido tomada de maneira unilateral e por não estar adequada aos contratos assinados com a farmacêutica.

A BNT 162b foi a primeira vacina anti-Covid aprovada no bloco europeu e começou a ser aplicada no dia 26 de dezembro. A UE comprou 300 milhões de doses do imunizante. .

Ansa - Brasil   
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