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Pfizer diz que pedido de autorização para vacina contra Covid-19 nos EUA ocorrerá após eleição

16 out 2020 - 12h15
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A Pfizer informou nesta sexta-feira que pode pedir uma autorização nos Estados Unidos para a vacina contra Covid-19 que está desenvolvendo em parceira com a alemã BioNTech no final de novembro, o que torna improvável uma vacina estar disponível antes da eleição presidencial norte-americano, como fora prometido pelo presidente Donald Trump.

Homem passa pelo prédio da Pfizer em Nova York
22/07/2020
REUTERS/Carlo Allegri
Homem passa pelo prédio da Pfizer em Nova York 22/07/2020 REUTERS/Carlo Allegri
Foto: Reuters

A Pfizer disse que pode saber se a vacina é eficiente ainda neste mês com base em seu teste clínico com 40 mil pessoas, mas que também precisa de dados de segurança que não estarão disponíveis antes de novembro.

A notícia, publicada em uma carta de seu executivo-chefe no site da farmacêutica, impulsionou o mercado de ações norte-americano e as ações da própria empresa. Subiram um pouco mais as ações da fabricante rival de vacinas Moderna, que está perto da Pfizer no desenvolvimento de sua vacina.

"Então me permitam ser claro, supondo dados positivos, a Pfizer pedirá uma Autorização de Uso de Emergência nos EUA pouco depois de o marco de segurança ser atingido na terceira semana de novembro", disse o presidente-executivo da empresa, Albert Bourla.

Trump disse diversas vezes que uma vacina estaria disponível antes da eleição de 3 de novembro, mas autoridades de saúde e empresas só haviam dito que os dados poderiam sair naquele mês. A possibilidade de novos atrasos foi aventada depois que testes de duas vacinas concorrentes foram temporarimente suspensos.

A pressa do presidente para conseguir uma vacina também criou o receio de que a Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA), agindo às pressas, não realize uma análise adequada da vacina. No início deste mês, a FDA formalizou uma solicitação para que os fabricantes de vacinas coletem dois meses de dados de segurança de metade dos participantes dos testes.

Os comentários da Pfizer sobre seu cronograma criam a possibilidade de uma autorização norte-americana para uma vacina contra coronavírus neste ano, uma medida essencial para controlar a pandemia de Covid-19, que já matou mais de 1 milhão de pessoas em todo o mundo e arrasou a economia global.

A Moderna também pode solicitar uma Autorização de Uso de Emergência ainda neste ano, tendo dito que pode ter dados provisórios de seu teste com 30 mil pessoas já em novembro.

As duas empresas ainda estão solicitando aprovação na Europa, onde competem com a AstraZeneca. O teste da AstraZeneca nos EUA está suspenso desde setembro, mas já foi retomado em outros países, inclusive o Brasil.

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