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Pequim reativa restrições devido a ressurgimento do coronavírus

15 jun 2020 - 08h24
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Vários distritos de Pequim montaram postos de verificação, fecharam escolas e ordenaram que as pessoas passem por exames de coronavírus nesta segunda-feira após uma disparada inesperada de casos ligados ao maior mercado atacadista de alimentos da Ásia.

Homem usa spray desinfetante em local de teste para detectar Covid-19 em Pequim
15/06/2020 REUTERS/Thomas Peter
Homem usa spray desinfetante em local de teste para detectar Covid-19 em Pequim 15/06/2020 REUTERS/Thomas Peter
Foto: Reuters

Depois de quase dois meses sem infecções novas, autoridades de Pequim relataram 79 casos nos últimos quatro dias, o maior foco de infecções desde fevereiro.

A volta do coronavírus mergulhou Pequim, sede de muitas grandes corporações, na incerteza no momento no qual a China tenta espantar o torpor econômico causado pela doença.

"Os esforços de contenção entraram rapidamente em um modo de tempos de guerra", disse Xu Ying, uma autoridade municipal de alto escalão, em uma coletiva de imprensa.

Xu disse que 7.200 bairros e quase 100 mil agentes de controle epidemiológico entraram no "campo de batalha".

O surto foi localizado no amplo mercado de Xinfadi, onde milhares de toneladas de vegetais, frutas e carne trocam de mãos todos os dias.

Um complexo de armazéns e centros comerciais que se estende por uma área quase igual a 160 campos de futebol, Xinfadi é quase 20 vezes maior do que o mercado de frutos do mar da cidade de Wuhan, onde o surto foi identificado.

Os casos novos fizeram com que autoridades de muitas partes de Pequim reinstaurassem medidas duras para conter a disseminação do vírus, como postos de verificação 24h, o fechamento de escolas e centros esportivos e a readoção das medições de temperatura em shoppings centers, supermercados e escritórios.

Os moradores da capital também foram aconselhados a evitar multidões e agrupamentos ao se alimentarem.

Alguns distritos até enviaram agentes a conjuntos residenciais, o que descreveram como uma operação "toc-toc" para identificar pessoas que visitaram Xinfadi ou tiveram contato com pessoas que visitaram.

Nenhum dos 16 distritos de Pequim foi submetido a um isolamento generalizado, mas o acesso aos bairros de pessoas que foram infectadas foi interrompido enquanto exames de ácido nucleico são administrados aos moradores.

Os 11 bairros ao redor de Xinfadi e 10 outros próximos de outro mercado também foram interditados enquanto 90 mil moradores são examinados, e a capital começou a realizar exames em massa no domingo.

No mesmo dia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que foi informada do surto e de uma investigação das autoridades chinesas.

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