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Pastor evangélico pouco conhecido lança campanha presidencial na Venezuela

19 fev 2018 - 08h31
(atualizado às 09h04)
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Um pastor evangélico venezuelano pouco conhecido lançou no domingo sua candidatura para a próxima eleição presidencial, em uma ilustração da influência religiosa crescente na política latino-americana.

Homem vota durante eleição em Caracas, Venezuela 10/12/2017 REUTERS/Fabiola Ferrero
Homem vota durante eleição em Caracas, Venezuela 10/12/2017 REUTERS/Fabiola Ferrero
Foto: Reuters

"Quero tornar esta nação grande, quero trazer Jesus para esta nação, porque Jesus dignifica o coração de qualquer fiel", disse Javier Bertucci, da organização religiosa O Evangelho Muda, em uma transmissão pela internet.

O religioso vai concorrer contra o impopular presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que buscará a reeleição em abril em uma votação que grande parte da comunidade internacional descreveu como favorável a Maduro, e a oposição do país não tomou uma decisão unificada quanto a participar ou não do processo.

Mas o sucesso do cantor evangélico Fabricio Alvarado na votação presidencial da Costa Rica e a ascensão de candidatos religiosos nas próximas eleições de El Salvador voltaram a chamar atenção para os líderes evangélicos da América Latina.

Bertucci não tem experiência política conhecida nem tem grande renome na Venezuela. A entidade O Evangelho Muda descreve a si mesma como uma organização de voluntários sem fins lucrativos dedicada a transmitir valores cristãos.

Bertucci disse que a crise econômica do país, que está causando hiperinflação e escassez crônica de alimentos e remédios, pode ser resolvida "muito rapidamente" e que está disposto a pedir a ajuda de outros países.

"Jesus mudou a história, e nós também o faremos", disse ele em um discurso que foi aplaudido por cerca de uma centena de seguidores, alguns dos quais pareciam à beira das lágrimas. "Hoje iniciamos uma corrida que venceremos".

Maduro tem afirmado que vencerá a eleição de 22 de abril e governará até 2025.

A oposição afirma que o pleito foi convocado sem antecedência suficiente para garantir uma campanha justa ou para que se instaurem mecanismos para evitar fraude ou intimidação nas urnas.

A vizinha Colômbia anunciou que não reconhecerá os resultados da eleição.

Maduro, um ex-motorista de ônibus e líder sindical, disse que o país é vítima de uma "guerra econômica" liderada pela oposição com a ajuda de Washington, que no ano passado impôs várias rodadas de sanções contra seu governo.

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