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Parlamento do Egito aprova ampliação do mandato de Sisi

Texto pode manter o atual presidente no poder até 2030

16 abr 2019 - 12h47
(atualizado às 14h02)
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O Parlamento do Egito aprovou nesta terça-feira (16) uma reforma constitucional que permite ao presidente Abdel Fattah al Sisi permanecer no poder até 2030.

Cartaz de campanha do presidente do Egito, Abdel Fattah al Sisi, em março de 2018
Cartaz de campanha do presidente do Egito, Abdel Fattah al Sisi, em março de 2018
Foto: EPA / Ansa - Brasil

O texto aumenta o mandato presidencial de quatro para seis anos e autoriza Sisi a tentar mais uma reeleição. Líder do golpe militar que derrubou o governo islamista de Mohamed Morsi, em 2013, o ex-chefe das Forças Armadas assumiu o poder formalmente em 2014 e foi reeleito em 2018 com 97,08% dos votos.

Seu mandato termina em 2022, mas a reforma constitucional amplia o período em dois anos. Como teria direito a mais uma reeleição, Sisi poderia ficar no comando do Egito até 2030. O texto impõe um limite de dois mandatos presidenciais seguidos, mas conta com um artigo especial permitindo uma terceira candidatura do atual chefe de Estado.

Para virar lei, a mudança ainda precisa passar por um referendo popular, mas a vitória do presidente é dada como certa. A votação deve acontecer até o início de maio, antes do início do Ramadã, o mês sagrado do Islã.

Sisi é acusado de perseguir adversários políticos e de implantar um novo regime autocrático no Egito, já marcado pelos quase 30 anos de Hosni Mubarak no poder.

As denúncias ganharam caráter internacional com a morte do pesquisador italiano Giulio Regeni, que frequentava sindicatos independentes e foi torturado e assassinado no país africano em janeiro de 2015. O crime até hoje não foi esclarecido.

A reforma constitucional também estabelece a figura do vice-presidente, recria o Senado e garante uma cota de 25% para mulheres na Câmara.

Ansa - Brasil   
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