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Parlamento de Portugal rejeita plano de museu da ditadura Salazar

11 set 2019 - 16h30
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O Parlamento de Portugal votou nesta quarta-feira contra uma plano da cidade natal do falecido ditador António Oliveira Salazar para abrir um museu dedicado ao seu regime do Estado Novo, após as queixas de ex-prisioneiros e ativistas políticos.

Manifestante segura cartaz com foto de ditador António Oliveira Salazar em Santa Comba Dão 28/4/2007 REUTERS/José Manuel Ribeiro
Manifestante segura cartaz com foto de ditador António Oliveira Salazar em Santa Comba Dão 28/4/2007 REUTERS/José Manuel Ribeiro
Foto: Reuters

As autoridades locais de Santa Comba Dão insistem que o museu não foi concebido para glorificar Salazar, que ainda divide as opiniões em Portugal mais de cinco décadas após sua morte.

    Apresentada pelo Partido Comunista, aliado dos socialistas governistas no Parlamento, a moção de rejeição do museu alega que ele seria uma "ofensa à memória das vítimas da ditadura" e uma "afronta à democracia".

A moção foi aprovada pelos socialistas e pela extrema-esquerda, e os dois partidos opositores de centro-direita se abstiveram.

    Uma petição online contra o plano angariou mais de 17 mil assinaturas desde seu lançamento, no mês passado, e mais de 200 sobreviventes da ditadura enviaram uma carta ao governo expressando oposição ao que temem poder se tornar uma atração para simpatizantes da extrema-direita.

    Ainda cabe às autoridades locais decidir se irão adiante com o plano ou não.

    O prefeito socialista Leonel Gouveia disse ao jornal Expresso que o museu seria um local para "estudar a história" do regime, e não um "santuário para nacionalistas".

    Salazar, o ditador europeu de direita que ficou mais tempo no poder, comandou Portugal com mão de ferro de 1932 a 1968, mas seu regime só desmoronou de vez em 1974 com a Revolução dos Cravos.

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