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Parlamento de Israel abre para caminho para nova eleição após fracasso de Netanyahu

30 mai 2019 - 11h39
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Parlamentares de Israel decidiram dissolver o Parlamento nesta quinta-feira, abrindo caminho para uma nova eleição depois que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu fracassou na tentativa de formar um governo de coalizão antes do prazo de meia-noite.

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu
30/05/2019
REUTERS/Ronen Zvulun
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu 30/05/2019 REUTERS/Ronen Zvulun
Foto: Reuters

Netanyahu preferiu uma nova votação, marcada para 17 de setembro, à alternativa: o presidente Reuven Rivlin pedir a outro político que tentasse compor uma coalizão governamental.

Mas a necessidade de voltar às urnas tão pouco tempo depois do pleito de 9 de abril, no qual Netanyahu alegou vitória, mostrou uma nova dimensão da fraqueza de um líder que está no poder há uma década que, para muitos, se tornou o rosto de Israel.

Possíveis indiciamentos em três casos de corrupção só aprofundaram as dúvidas sobre a sobrevivência política de Netanyahu.

"Venceremos", prometeu Netanyahu, líder de 69 anos do partido de direita Likud, depois de o Parlamento votar pela nova eleição, depois que venceu o prazo para que ele montasse seu quinto governo.

Mas ele estava de olho nas fileiras do Likud durante a votação, o que alguns comentaristas interpretaram como temor de uma rebelião de última hora -- nenhum parlamentar da sigla hesitou para votar a favor de uma eleição.

Como a formação de uma coalizão pode se estender até novembro depois da nova votação, parece provável que a incerteza adiará ainda mais o plano que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prepara para resolver o conflito israelo-palestino.

Em Jerusalém, a equipe da Casa Branca encarregada da proposta de Trump, que inclui seu genro, Jared Kushner, conversou com Netanyahu, mas não fez comentários públicos sobre nenhum cronograma para a divulgação do plano.

A crise surgiu --ao menos oficialmente-- de uma desavença entre supostos aliados do premiê, o ex-ministro da Defesa e secularista de extrema-direita Avigdor Lieberman e partidos judeus ultraortodoxos, sobre o alistamento militar.

Estes partidos querem que jovens estudantes de religião sejam dispensados em massa do serviço militar obrigatório, mas Lieberman e muitos outros israelenses dizem que eles deveriam dividir o fardo.

Diante da perspectiva de ter que sair de cena ao final de um período de 42 dias para formar um governo, Netanyahu optou por angariar apoio para dissolver o Knesset.

Ele retratou Lieberman como um político de esquerda por ter, na prática, impedido a criação de um governo de direita, e disse que seu ex-aliado almeja derrubá-lo.

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