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Parlamento da Itália volta a fracassar em eleger presidente para país

28 jan 2022 - 15h33
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O Parlamento da Itália não conseguiu eleger um novo chefe de Estado na quinta votação consecutiva nesta sexta-feira, com a tentativa do espectro de centro-direita de impulsionar seu próprio candidato fracassando.

A aliança formada por Forza Italia, Liga e Irmãos da Itália disse a seus parlamentares que votassem na presidente conservadora do Senado, Elisabetta Casellati, em vez de buscar um candidato conciliador que pudesse obter apoio amplo.

A medida, que enfureceu o espectro de centro-esquerda, terminou mal, com Casellati conquistando apenas 382 votos entre os 1.009 parlamentares e delegados regionais com direito a voto, muito abaixo dos 505 necessários para eleger um chefe de Estado.

Desde segunda-feira, o Parlamento tem votado para escolher um sucessor do presidente italiano Sergio Mattarella, sem sucesso.

Uma nova rodada de votação, a sexta no geral, deve novamente resultar em fracasso nesta sexta-feira com a abstenção dos partidos de centro-direita, enquanto a centro-esquerda proporá um novo candidato.

Muita coisa está em jogo. A Presidência italiana vem com um mandato de sete anos e tem poder considerável para resolver crises políticas que atingem regularmente o país, incluindo a nomeação de primeiros-ministros e a dissolução do Parlamento.

O repetido fracasso em encontrar qualquer tipo de consenso envenenou a atmosfera política, com consequências potencialmente perigosas para a estabilidade da ampla coalizão que apoia o governo do primeiro-ministro Mario Draghi.

Draghi, ele próprio um candidato ao cargo de chefe de Estado, tem sinalizado que pode não estar disposto a continuar como primeiro-ministro caso sua coalizão governante se divida em relação à eleição presidencial. O Partido Democrata, de centro-esquerda, também tem dito que deixará o governo se não for incluído na escolha do presidente.

A centro-direita, que no papel tem cerca de 450 votos, esperava que Casellati conseguisse o apoio de parlamentares não afiliados e desertores de centro-esquerda.

Isso não se concretizou, em parte graças a uma decisão do Movimento 5-Estrelas da Itália de instruir seus parlamentares a não participarem do voto secreto.

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