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Parlamentares ligados a Morales tentam retomar atividade política; tensão na Bolívia continua

14 nov 2019 - 11h39
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Parlamentares partidários do líder boliviano Evo Morales tentavam retomar sua atividade política ao nomear novas lideranças na madrugada desta quinta-feira, horas depois de a oposição iniciar um governo de transição durante momentos de grande tensão no país.

Partidários de Morales e forças de segurança se enfrentam em La Paz, Bolívia 13/11/2019 REUTERS/Henry Romero
Partidários de Morales e forças de segurança se enfrentam em La Paz, Bolívia 13/11/2019 REUTERS/Henry Romero
Foto: Reuters

Os deputados do Movimento para o Socialismo (MAS) alcançaram o quórum durante a noite e votaram em Sergio Choque para presidente da Câmara dos Deputados. Sua bancada no Senado também buscaria se reunir, disse uma fonte à Reuters. No entanto, não ficou claro se desafiariam a presidente interina ao nomear autoridades.

A presidente em exercício, Jeanine Añez, iniciou seu período de transição garantindo convocar eleições em breve, logo após anunciar que assumiria o cargo para suprir o vazio no poder e o caos gerado pela renúncia de Morales no fim de semana.

Em meio a uma crise política decorrente da saída de Morales sob pressão das Forças Armadas, a tensão entre apoiadores dele e seus opositores continua. Na quarta-feira, a Procuradoria Geral do Estado confirmou a morte de sete pessoas desde o início dos conflitos, em outubro.

"A Bolívia precisa de paz neste momento, não podemos continuar nos maltratando entre irmãos, nos matando entre irmãos", disse o deputado Choque após sua nomeação na Câmara. Suas declarações estavam em sintonia com a última mensagem de Morales.

Em um tuíte publicado durante a noite, o ex-presidente, que chegou nesta semana ao México para asilo político, pediu a outros países, à Organização das Nações Unidas e ao papa Francisco para acompanharem os bolivianos "no diálogo para pacificar nossa querida Bolívia. A violência trama contra a vida e a paz social".

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