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Paralisação do governo dos EUA pressiona ainda mais sistema de imigração

3 jan 2019 - 17h57
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A paralisação parcial do governo dos Estados Unidos aparentemente está comprometendo o sistema de imigração do país e atrasando ainda mais os processos nos tribunais e complicando a contratação de mão de obra.

Ativistas dos direitos de imigração se reúnem no Capitólio em Washington 12/12/ 2018. REUTERS/Yuri Gripas
Ativistas dos direitos de imigração se reúnem no Capitólio em Washington 12/12/ 2018. REUTERS/Yuri Gripas
Foto: Reuters

O presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu continuar com a paralisação até conseguir os 5 bilhões de dólares que está buscando para financiar a construção de um muro na fronteira mexicana, o que os democratas da oposição têm recusado, levando a uma paralisação que já dura 13 dias.

Cerca de 800 mil funcionários federais foram afetados. Isso inclui agentes de patrulha de fronteira que estão trabalhando sem remuneração, de acordo com Joshua Wilson, vice-presidente do sindicato de patrulha de fronteira em San Diego.

Juízes de imigração foram colocados em licença, o que significa que milhares de casos de deportação há muito adiados terão que ser reagendados, frustrando os esforços do Departamento de Justiça de Trump para limpar uma lista de 800 mil casos.

Jeremy McKinney, advogado de imigração na Carolina do Norte, disse que um cliente que está lutando contra a deportação teve uma audiência processual cancelada esta semana e provavelmente não será remarcada até 2020 devido ao excesso de processos.

    O Gabinete Executivo de Revisão de Imigração, que faz parte do Departamento de Justiça e administra os tribunais de imigração, disse em um comunicado que os imigrantes detidos ainda terão sessões agendadas. No entanto, os juízes que ouvem esses casos estão trabalhando sem remuneração, de acordo com Ashley Tabaddor, presidente do sindicato nacional dos juízes de imigração.

Um porta-voz do Departamento de Justiça disse que não poderia responder a um pedido de comentário por causa da paralisação.

Um sistema conhecido como E-Verify, que é usado para verificar se uma pessoa está autorizada a trabalhar nos Estados Unidos, está desligado por falta de recursos. Vários estados exigem que os empregadores usem o programa e a administração Trump considerou a possibilidade de tornar o E-Verify obrigatório para os empregadores.

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