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Para secretário-geral da ONU, acordo com Irã não pode ser contaminado por outros temas

18 jan 2018 - 07h53
(atualizado às 09h11)
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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, alertou na quarta-feira que quaisquer questões não relacionadas diretamente ao acordo nuclear com o Irã "precisam ser tratadas sem prejudicar a preservação do acordo", disse seu porta-voz, em meio às tensões entre Estados Unidos e Teerã.

Secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres 14/12/2017 REUTERS/Kim Kyung-Hoon
Secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres 14/12/2017 REUTERS/Kim Kyung-Hoon
Foto: Reuters

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na sexta-feira que aliados europeus e o Congresso norte-americano têm que trabalhar para corrigir "falhas desastrosas" no acordo nuclear, ou os EUA irão abandonar o pacto. Trump defende que sejam feitas mudanças por meio de um acordo separado em 120 dias.

Trump também considera o Irã uma ameaça crescente no Oriente Médio, e os Estados Unidos acusam Teerã de violar resoluções da ONU ao fornecerem armas para rebeldes do grupo Houthi no Iêmen. O Irã nega dar apoio ao Houthi.

A maioria das sanções da ONU e de países ocidentais sobre o Irã foi retirada sob o acordo nuclear. No entanto, o Irã ainda está sob um embargo de armas da ONU e outras restrições, que não fazem parte tecnicamente do acordo nuclear.

"O acordo nuclear constitui uma grande conquista da não proliferação nuclear e da diplomacia, e tem contribuído para a paz e a segurança regional e internacional", disse o porta-voz da ONU Stephane Dujarric a repórteres no segundo aniversário da implementação do acordo entre o Irã e potências internacionais.

Guterres defende que as preocupações relacionadas à implementação do acordo nuclear "sejam tratadas por meio dos mecanismos estabelecidos pelo acordo", acrescentou Dujarric.

O Irã afirma que seu programa nuclear tem apenas fins pacíficos a que irá cumprir o acordo desde que os outros signatários o façam, mas irá abandoná-lo se Washington deixar o pacto.

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