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Mundo

Para atirador, ações na Noruega eram necessárias, diz advogado

23 jul 2011 - 18h47
(atualizado às 20h54)
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O homem detido pelos ataques em Oslo, Anders Behring Breivik, disse neste sábado que as ações na Noruega eram necessárias, segundo informou o advogado Geir Lippestad ao canal NRK. O atirador "explicou que foi cruel, mas que era preciso realizar estas ações", que, "evidentemente, foram planejadas há muito tempo".

Noruega: pessoas tentam fugir de atirador a nado; veja:

Behring Breivik, 32 anos, admitiu ter participado das ações que causaram a morte de pelo menos 92 pessoas em dois ataques na sexta-feira na capital norueguesa.

Na primeira ação, um carro-bomba explodiu próximo à sede do governo, no centro de Oslo, matando sete pessoas. No segundo ataque, o agressor atirou contra os participantes de uma colônia de férias da juventude do Partido Trabalhista (no poder) na ilha de Utoya, 40 km a oeste da capital, provocando 85 mortes.

Behring Breivik foi membro do partido Progressista (FrP, da direita populista) e de seu movimento jovem, além de participar de um fórum neonazista sueco na internet. O FrP confirmou que Behring se filiou ao partido em 1999, mas saiu da lista de membros em 2006. Ele também foi o responsável local do movimento juvenil do FrP entre 2002 e 2004. A polícia definiu Behring como um "fundamentalista cristão" de direita, hostil ao islamismo.

De acordo com Mikel Ekman, investigador da Fundação Expo, com base em Estocolmo, que monitora grupos de extrema direita, Behring criou um perfil em 2009 sob um pseudônimo que pode ser rastreado para seu endereço de e-mail em um fórum neonazista sueco chamado Nordisk. Fundado em 2007, o Nordisk conta com 22 mil membros na região.

Tragédia na Noruega
A Noruega viveu na última sexta-feira, dia 22, a maior tragédia do país desde a Segunda Guerra Mundial. Dois atentados deixaram, até o momento, um saldo de 92 mortos. Primeiro, uma bomba explodiu no centro da capital, Oslo, na região onde estão localizados vários prédios governamentais, inclusive o escritório do premiê, Jens Stoltenber. Sete pessoas morreram, mas a polícia admite possa haver corpos não resgatados nos prédios.

A segunda tragédia aconteceu em uma ilha próxima da capital, Utoya. Lá, Anders Behring Breivik, um homem de 32 anos vestido com uniforme da polícia, abriu fogo contra jovens reunidos em um acampamento de verão. Ao menos 85 morreram. A maioria pelos tiros disparados. Alguns outros morreram afogados após tentarem fugir nadando. Ele foi detido logo depois, pela polícia, e admitiu o crime. Suspeita-se que o atirador - que é ligado à extrema-direita - também tenha orquestrado o ataque em Oslo.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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