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Papa faz apelo para que cristãos rompam suas próprias barreiras

21 jun 2018 - 18h09
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O papa Francisco pediu aos cristãos nesta quinta-feira que "rompam as barreiras da desconfiança e do medo" que os dividem desde a Reforma Protestante do século 16 e trabalhem juntos para auxiliar os mais necessitados.

Papa fala durante reunião do Conselho Mundial de Igrejas, em Genebra
21/06/2018
REUTERS/Tony Gentile
Papa fala durante reunião do Conselho Mundial de Igrejas, em Genebra 21/06/2018 REUTERS/Tony Gentile
Foto: Reuters

Francisco fez uma viagem de um dia a Genebra para comemorar o 70º aniversário do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), uma congregação de 350 igrejas majoritariamente nacionais que representam comunidades protestantes e alguns cristãos ortodoxos.

    Seus membros representam cerca de 500 milhões de fiéis --a Igreja Católica, que tem 1,3 bilhão de devotos, não é membro do CMI.     

    "Depois de séculos de conflito... a caridade nos permite nos unirmos como irmãos e irmãs", disse o papa na sede do CMI em Genebra, a cidade onde o reformista João Calvino viveu no século 16.

    Francisco pediu aos cristãos de todas as denominações que encontrem "a coragem de mudar o curso da história, uma história que nos levou à desconfiança e ao distanciamento mútuos".

    Mas ele disse que os cristãos "não podem ser reduzidos a uma organização não-governamental".

    A estrutura do CMI é semelhante à da Organização das Nações Unidas (ONU), com representantes de muitas igrejas nacionais independentes, e alguns de seus críticos disseram que ele se tornou excessivamente burocrático.

    Francisco pediu mais trabalho de equipe entre as denominações cristãs para divulgar os valores do Evangelho e cooperar mais em questões como o combate à pobreza e à injustiça e defender o meio ambiente.

    "A credibilidade do Evangelho é posta à prova pela maneira como os cristãos respondem ao clamor de todos aqueles, em toda parte do mundo, que sofrem injustamente com a disseminação nociva de uma exclusão que, ao criar pobreza, fomenta conflitos", disse Francisco.

    "Os mais vulneráveis estão cada vez mais marginalizados, carecendo do pão de cada dia, de emprego e de um futuro, enquanto os ricos são menores em número e mais abastados. Sejamos instigados à compaixão pelo clamor daqueles que sofrem."

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