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Mundo

Papa fala de amor e pede que jovens 'ouçam avós' na Eslováquia

Mais de 25 mil jovens compareceram a evento em estádio

14 set 2021 - 13h41
(atualizado às 13h56)
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Em um encontro com mais de 25 mil jovens no estádio do Lokomotiv de Kosice, na Eslováquia, nesta terça-feira (14), o papa Francisco falou de várias formas de amor no mundo e pediu que haja respeito às "raízes" familiares, em especial, aos avós.

"Fala-se tanto de amor atualmente, mas na realidade, o que ocorre é um outro princípio: cada um só pensa em si. Queridos jovens, não se deixem condicionar a isso, daquilo que não vale, do mal que nos enfurece. Não deixem-se aprisionar pela tristeza ou pelo desencorajamento de que nada nunca vai mudar. Se você fica acreditando nisso, fica doente de pessimismo, envelhece por dentro e se envelhece jovem", disse aos presentes.

Dizendo que há muitas pessoas no mundo - e nas redes sociais - que incentivam a tristeza, o Pontífice ressaltou que "não é para escutar essas pessoas, esses profissionais das lamentações porque a tristeza e o pessimismo não são cristãos". "O Senhor detesta a tristeza e o vitimismo. Não fomos feitos para deixar a cabeça baixa, mas para olhar para os céus, para os outros, para a sociedade", pontuou.

Destacando a diferença entre a "ilusão de ter as coisas e o sonho de uma vida melhor", Francisco pediu para que os jovens "não se deixem homogeneizar" porque todos "somos únicos".

"Cada um está no mundo para ser amado e tem a sua singularidade. Não se vive sentado no banco de reserva. Não somos feitos em série e somos seres únicos e livres. Estamos no mundo para viver o amor de Deus e cada um é um livro", ressaltou sob muitos aplausos. 

Por isso, para amar e viver livres, o líder católico fez um apelo para que os jovens "não esqueçam das raízes".

"E quais são as raízes? Seus pais e, sobretudo, seus avós. Eles prepararam o terreno, eles dão as raízes. Façam perguntas, reservem tempo para perguntar sobre suas histórias. Hoje há muito o risco de crescer sem raízes", ressaltou.

"Hoje com a internet, com as redes sociais, há o perigo de crescermos desenraizados porque tudo está a um clique, tudo é corrido, somos levados a fazer tudo rapidamente. Com o tempo, essas pessoas na internet se tornam mais comuns do que os rostos dos que nos geraram e assim corremos o risco de não termos mais as nossas raízes. Cheios de mensagens virtuais, corremos o risco de perder as raízes reais", acrescentou.

Após o encontro com os jovens, o Papa segue em viagem de volta para Bratislava. .

Ansa - Brasil   
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