Papa estuda voltar de Chipre e Grécia com refugiados
Francisco já tomou atitude semelhante em 2016, em Lesbos
O Vaticano afirmou nesta terça-feira (30) que o papa Francisco estuda levar para a Itália refugiados que vivem em campos de acolhimento no Chipre e na Grécia, países que ele visitará entre 2 e 6 de dezembro.
Essa informação foi publicada por jornais italianos na semana passada, mas o porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni, disse que trata-se ainda de uma "opção que está sendo estudada". "Vamos ver. Essa viagem não se dará nos mesmos termos daquela visita a Lesbos, vai contemplar temáticas mais amplas", explicou.
Bruni se referia a uma viagem de Francisco à ilha grega de Lesbos, que está na linha de frente da crise humanitária do Mediterrâneo, em 2016. Na época, Jorge Bergoglio voltou ao Vaticano com 12 refugiados sírios.
"Opções desse tipo estão sendo avaliadas, mas sua complexidade não permite dar respostas definitivas. De qualquer maneira, não se trataria de um corredor humanitário, mas de uma realocação", acrescentou Bruni.
A agenda do Papa prevê pelo menos dois encontros com migrantes e refugiados: um em Nicósia, capital do Chipre, em 3 de dezembro, e outro na própria Lesbos, no dia 5.
"Existe um valor simbólico nesse lugar e, pensando na visita de 2016, podemos lembrar como o Papa tocou com a mão a dor daquelas pessoas", disse o porta-voz do Vaticano, explicando a decisão do pontífice de voltar a Lesbos.