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Mundo

Papa encerra viagem à Grécia com críticas ao consumismo

Francisco se reuniu com jovens antes de voltar para Roma

6 dez 2021 - 07h53
(atualizado às 08h03)
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O papa Francisco encerrou sua viagem à Grécia nesta segunda-feira (6) com um encontro com jovens de uma escola católica em Maroussi, nos subúrbios da capital Atenas.

Papa Francisco visita escola católica nos subúrbios de Atenas
Papa Francisco visita escola católica nos subúrbios de Atenas
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Durante o evento, o pontífice citou a famosa frase "Conhece a ti mesmo", que fazia parte do antigo Templo de Apolo em Delfos, e alertou que as pessoas, "obcecadas por milhares de aparências", se esquecem de quem são.

"Mas aquele convite antigo, conhece a ti mesmo, vale ainda hoje: reconheça que você vale pelo que você é, não pelo que você tem. Você não vale pela marca da roupa ou dos sapatos que usa, mas porque você é único, você é única", disse.

Francisco ainda citou o mito de Ulisses, o herói da guerra de Troia que leva 10 anos para voltar para Ítaca e que no caminho precisa lidar com sereias que seduzem navegadores para fazê-los naufragar.

"Na realidade, as sereias de hoje querem adoentá-los com mensagens sedutoras e insistentes, que miram lucros fáceis, sobre falsas necessidades do consumismo, sobre o culto do bem estar físico, da diversão a todos os custos, mas deixam apenas fumaça no ar", declarou o Papa.

Após o encontro, Jorge Bergoglio se deslocou para o Aeroporto Internacional de Atenas e embarcou para Roma. Sua viagem por Chipre e Grécia, dois países de maioria ortodoxa, foi marcada por apelos em defesa da união entre os cristãos e do acolhimento de migrantes e refugiados.

Em um discurso no Chipre, por exemplo, afirmou que arames farpados são símbolos do ódio e denunciou que deslocados internacionais são mantidos em "campos de concentração, verdadeiros lugares de tortura e escravidão".

"Essa é a história dessa civilização desenvolvida que nós chamamos de Ocidente", ironizou na ocasião. Francisco também se comprometeu a financiar a transferência para a Itália de 50 migrantes que hoje vivem em solo cipriota, sendo que o primeiro grupo deve embarcar para Roma em meados de dezembro.

Ansa - Brasil   
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