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Palestinos repudiam ameaça de Trump de cortar ajuda financeira

3 jan 2018 - 09h56
(atualizado às 10h40)
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Palestinos criticaram duramente nesta quarta-feira, classificando como chantagem, uma ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reter futuros pagamentos de ajuda devido ao que ele classificou como má vontade dos palestinos para debater a paz com Israel.

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca, em Washington 15/12/2017 REUTERS/Yuri Gripas
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca, em Washington 15/12/2017 REUTERS/Yuri Gripas
Foto: Reuters

Trump foi elogiado por um ministro do governo de direita do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, mas recebeu um alerta de um ex-negociador de paz de Israel a respeito dos riscos de se cortar a assistência financeira aos palestinos.Na terça-feira, no Twitter, Trump disse que Washington dá aos palestinos "centenas de milhões de dólares por ano e não recebe nenhuma gratidão ou respeito. Eles nem querem negociar um tratado de paz já tardio com Israel... se os palestinos não querem mais conversar sobre a paz, por que deveríamos fazer qualquer um desses enormes pagamentos futuros a eles?"Hanan Ashrawi, membro do comitê executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), disse em resposta: "Não seremos chantageados".A revolta palestina contra Trump já está alta desde que o líder norte-americano reconheceu Jerusalém como capital de Israel no dia 6 de dezembro, uma declaração que também provocou furor no mundo árabe e preocupação entre os aliados de Washington.Comentando os tuítes de Trump, Nabil Abu Rdainah, porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse: "Jerusalém não está à venda, nem por ouro nem por prata".Abu Rdainah disse que os palestinos não se opõem a retomar as conversas de paz que fracassaram em 2014, mas só com base no estabelecimento de um Estado próprio nas linhas existentes antes de Israel capturar a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza na Guerra dos Seis Dias de 1967."Se os Estados Unidos forem sérios a respeito da paz e de seus interesses, devem se pautar por isso", afirmou.Israel, que retirou soldados e colonos da Faixa de Gaza em 2005, classificou as fronteiras da Cisjordânia anteriores a 1967 como indefensáveis e prometeu se ater à totalidade de Jerusalém para sempre.

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