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Palestinos disparam foguetes e Israel bombardeia TV do Hamas após incursão

12 nov 2018 - 16h09
(atualizado às 18h51)
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Palestinos em Gaza dispararam dezenas de foguetes e morteiros contra o sul de Israel nesta segunda-feira, e Israel lançou ataques aéreos retaliatórios, um dia depois que uma incursão israelense provocou combates mortais no enclave.

Fumaça após ataque israelense em Gaza
12/11/2018
REUTERS/Suhaib Salem
Fumaça após ataque israelense em Gaza 12/11/2018 REUTERS/Suhaib Salem
Foto: Reuters

Pelo menos três atiradores palestinos foram mortos nos ataques aéreos, disseram facções palestinas. Aviões de guerra também destruíram as instalações da televisão Al-Aqsa, do Hamas, segundo o Exército israelense.

No lado israelense da fronteira, o fogo palestino destruiu um ônibus, ferindo um soldado, e bombardeios atingiram várias casas, levando moradores a fugirem para abrigos, segundo autoridades.

O confronto lançou uma nova nuvem sobre os esforços do Egito, do Catar e da Organização das Nações Unidas para firmar um cessar-fogo de longo prazo entre Israel e o Hamas, grupo armado dominante em Gaza.

Os dois inimigos travaram três guerras na última década. No domingo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que espera chegar a um "arranjo" que evite outro conflito e alivie as dificuldades econômicas de Gaza, sob bloqueio de Israel.

No sul de Israel, mísseis interceptadores atravessaram o céu e sirenes soaram durante o que os militares disseram ser mais de 80 foguetes de Gaza.

Autoridades médicas em Israel informaram que pelo menos 10 pessoas ficaram feridas nos ataques de foguetes.

A fronteira estava quieta no início do dia, depois que uma operação secreta israelense na Faixa de Gaza levou a um confronto que matou um comandante do Hamas, seis outros militantes palestinos e um coronel israelense.

"Em resposta ao crime de ontem, o comando conjunto das facções palestinas anuncia o início do bombardeio dos assentamentos do inimigo com dezenas de foguetes", disse o braço armado do Hamas em um comunicado, após funerais dos militantes.

Na noite de domingo, palestinos lançaram 17 foguetes contra o sul de Israel em reação à incursão e a ataques aéreos, que, segundo o Hamas, visavam cobrir o recuo de um carro usado pelos soldados israelenses.

Não surgiram relatos de feridos ou danos em Israel nos incidentes de domingo, mas os militares disseram que um coronel, identificado somente como "M", foi morto na operação e que outro militar ficou ferido.

A violência tem irrompido com regularidade na fronteira Israel-Gaza desde que palestinos iniciaram protestos no local em 30 de março para exigir direitos a terras perdidas na guerra de 1948 que levou à fundação de Israel.

Disparos israelenses mataram mais de 220 palestinos desde o início das manifestações, que incluíram invasões pela cerca da divisa de Israel.

O Hamas disse que, durante os confrontos de domingo, agressores em um veículo em movimento abriram fogo contra um grupo de seus homens armados e mataram um de seus comandantes locais, Nour Baraka.

Em seguida houve uma perseguição, e testemunhas afirmaram que aeronaves israelenses dispararam mais de 40 mísseis na área. Autoridades palestinas disseram que, além de Baraka, cinco outros homens do Hamas e um membro dos Comitês de Resistência Popular foram mortos.

Em uma tentativa aparente de apaziguar as tensões, o principal porta-voz dos militares de Israel disse que as forças especiais não foram acionadas para assassinar comandantes do Hamas, uma tática que intensificou conflitos no passado e que foi praticamente descartada.

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