PUBLICIDADE

Mundo

Países europeus reconhecem Guaidó como presidente

Áustria, Espanha, França, R. Unido e Suécia apoiaram o opositor

4 fev 2019 - 07h55
(atualizado às 09h05)
Compartilhar
Exibir comentários

Após o ultimato dado ao regime de Nicolás Maduro, Alemanha, Áustria, Espanha, França, Holanda, Reino Unido e Suécia reconheceram nesta segunda-feira (4) Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.

Juan Guaidó se autoproclamou presidente em 23 de janeiro
Juan Guaidó se autoproclamou presidente em 23 de janeiro
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Os sete países haviam dado até o último domingo (3) para Maduro convocar novas eleições presidenciais, sob ameaça de apoiar formalmente o mandatário da Assembleia Nacional.

Como o líder chavista não aceitou o ultimato, as nações europeias se juntaram a Estados Unidos, Canadá, Brasil e a maior parte dos países das Américas.

"Nas próximas horas, entrarei em contato com os governos europeus e latino-americanos que queiram se unir [ao reconhecimento]. Guaidó deve convocar eleições livres o mais rápido possível, para que o povo da Venezuela possa decidir o próprio futuro", disse o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez.

Já o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, afirmou que Guaidó tem "legitimidade para organizar eleições" e que o povo venezuelano "quer mudança". "Não se trata de ingerência, a partir do momento no qual o país está em crise e em que há um apelo ao presidente Guaidó para restabelecer a democracia", reforçou.

Por sua vez, o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Jeremy Hunt, disse esperar que o reconhecimento ao autoproclamado presidente "nos deixe mais perto do fim dessa crise humanitária".

Guaidó, na qualidade de mandatário da Assembleia Nacional, reivindicou a Presidência da Venezuela no último dia 23 de janeiro, alegando que o segundo mandato de Maduro, iniciado uma semana antes, é ilegítimo e que o cargo estava vago.

A Assembleia Nacional é dominada pela oposição e teve seus poderes esvaziados pela criação da Assembleia Nacional Constituinte, em 2017, em um processo eleitoral contestado pela comunidade internacional. Cada vez mais isolado, Maduro ainda conta com o apoio de Rússia, China e Turquia.

Ansa - Brasil   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade