Pai diz que embaixador italiano estava feliz com missão no Congo
Salvatore afirmou que a vida da família 'acabou' com tragédia
O pai do embaixador italiano Luca Attanasio, Salvatore Attanasio, afirmou que seu filho estava "feliz" com a missão que desenvolvia na República Democrática do Congo (RDC). Os dois conversaram por telefone um dia antes do ataque fatal desta segunda-feira (22).
"Ele me disse que existiam objetivos. Sempre foi uma pessoa voltada para o outro, sempre fez o bem, e sempre se projetou em altos ideais, capaz de envolver qualquer pessoa em seus projetos. Uma coisa que para mim parecia pouco clara, ele a tornava positiva. Era honesto, correto e nunca um desagregador", disse Salvatore em entrevista à ANSA.
Cercado por fotos do filho em sua casa em Limbiate, cidade que fica a cerca de 25 quilômetros de Milão, o italiano afirma ainda que saber da morte do filho foi algo muito difícil.
"Em 30 segundos, passarem-se todas as memórias de uma vida, caiu o nosso mundo. São coisas injustas que não deviam acontecer. Para nós, a vida acabou", acrescentou ainda na entrevista exclusiva.
Pouco depois, no entanto, Salvatore explica que a força para continuar vem do fato de que "agora é preciso pensar nos meus netos, essas três criaturas tinham um caminho ótimo com um pai assim".
"Eles não sabem ainda o que aconteceu. Também a mãe deles está destruída em dor", pontuou.
Attanasio, 43 anos, morreu em um ataque na RDC, ao lado do policial italiano Vittorio Iacovacci, 30, e do motorista congolês Mustapha Milambo. Os três estavam em um comboio do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas no âmbito da missão da própria ONU para a estabilização do país (Monusco).
O governo da RDC chegou a acusar o grupo ruandês Forças Democráticas pela Libertação de Ruanda (FDLR) pela ação, mas os rebeldes negaram qualquer tipo de participação no sequestro e assassinato. Até o momento, não se sabe as razões do ataque e nem qual o objetivo. .
-1h7wi8cf4tyk4.jpg)
