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Otan encaminha retirada no Afeganistão a partir de maio

Anúncio deve ser oficializado após confirmação dos EUA

14 abr 2021 - 13h20
(atualizado às 14h47)
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Em meio à expectativa sobre o anúncio da retirada das tropas dos Estados Unidos do Afeganistão, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) se encaminha para começar a deixar o país asiático já em 1º de maio.

Veículos militares da Otan no Afeganistão
Veículos militares da Otan no Afeganistão
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

A questão foi discutida em uma reunião extraordinária nesta quarta-feira (14), em Bruxelas, entre os ministros das Relações Exteriores dos quatro países da Otan envolvidos na missão no Afeganistão (Alemanha, EUA, Itália e Turquia) e do Reino Unido, que também integra a aliança.

Segundo informações de bastidores, a organização militar se encaminha para iniciar sua retirada em 1º de maio, uma operação que deve ser concluída até setembro.

O presidente dos EUA, Joe Biden, deve anunciar em breve que as tropas americanas sairão do Afeganistão até 11 de setembro, dia do aniversário de 20 anos dos atentados contra o World Trade Center e o Pentágono, que desencadearam a invasão do país asiático.

"É hora de colocar fim a essa longa guerra", diz Biden, segundo uma antecipação de seu aguardado discurso divulgada à imprensa dos EUA. No entanto, o acordo entre o governo de Donald Trump e o grupo fundamentalista Talibã prevê a retirada total das tropas americanas até 1º de maio, e a milícia já alertou que haverá "consequências" se o prazo não for cumprido.

"Caminhamos para uma decisão histórica da Otan", afirmou nesta quarta o ministro italiano das Relações Exteriores, Luigi Di Maio, ainda antes da reunião em Bruxelas. Após o encontro, o chanceler disse que a aliança ocidental "continuará ajudando o povo afegão com projetos de cooperação para o desenvolvimento".

Entre 24 de abril e 4 de maio, a cidade de Istambul, na Turquia, vai sediar uma conferência de paz entre o governo afegão e o Talibã, que comandou o país de 1996 a 2001, quando foi derrubado pela invasão americana.

Washington acusava a milícia de dar proteção a Osama bin Laden, mentor dos atentados de 11 de setembro. Após sua queda, o grupo iniciou uma insurgência que segue ativa até hoje.

Ansa - Brasil   
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