Putin: ataque químico na Síria foi "provocação inteligente"
O presidente russo, Vladimir Putin, chamou de "provocação inteligente" o ataque químico cometido em 21 de agosto perto de Damasco, e que os ocidentais atribuem ao regime sírio.
"Temos todas as razões para acreditar que esta é uma provocação inteligente", declarou Putin para especialistas estrangeiros e ex-líderes mundiais reunidos no fórum de discussão de Valdai (noroeste). "Ao mesmo tempo, a técnica é primitiva: pegamos um velho morteiro de fabricação soviética, que não é usado há muito tempo pelo Exército sírio. A principal coisa é que tenha escrito 'fabricado na URSS'", acrescentou.
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Ele se referia às inscrições em cirílico em fragmentos de morteiros, de acordo com fotografias apresentadas no relatório dos inspetores da ONU que investigaram o ataque. Especialistas citados quarta-feira pela imprensa russa informaram que a inscrição permitia identificar fragmentos de foguetes soviéticos terra-terra de 1960, cujo uso pelo Exército sírio é improvável.
O chanceler russo, Sergei Lavrov, declarou quarta-feira que a Rússia vai enviar ao Conselho de Segurança da ONU evidências fornecidas por Damasco que provam esta "provocação", que segundo ele deveria provocar ataques ocidentais.
O vice-chanceler russo, Sergei Ryabkov, que esteve em Damasco quarta-feira, acusou por sua vez de parcialidade os inspetores da ONU, cujo relatório sobre este ataque foi apresentado segunda-feira na ONU.
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