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Estados Unidos impõem novas sanções econômicas contra o Irã

Punições em retaliação ao ataque de Teerã a bases no Iraque miram lideranças e companhias iranianas

10 jan 2020 - 13h51
(atualizado às 16h34)
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Os Estados Unidos impuseram sanções a oito lideranças iranianas e à indústria metalúrgica do país. O anúncio foi feito nesta sexta-feira em Washington pelos secretários de Estado, Mike Pompeo, e do Tesouro, Steven Mnuchin. O presidente Donald Trump já anunciara novas sanções contra Teerã após os ataques de mísseis iranianos às bases usadas por soldados dos EUA no Iraque.

As medidas punitivas agora impostas visam oito membros de alto escalão das Forças Armadas e do governo iraniano. As restrições incluem congelamento de possíveis ativos nos EUA e proibição de transações.

Foto: Kevin Lamarque / Reuters

Segundo Mnuchin, os alvos das sanções estão envolvidos nos esforços de Teerã para desestabilizar o Oriente Médio, além de serem acusados de envolvimento ou cumplicidade nos ataques com mísseis da quarta-feira.

Também foram impostas punições a 17 empresas iranianas de aço, alumínio, cobre e ferro, o que, segundo Mnuchin, "privará a liderança de Teerã de bilhões de dólares em financiamento". As novas sanções miram indivíduos e empresas que possuem, operam ou assistem "setores da economia iraniana, incluindo construção, manufatura, têxteis e mineração", acrescentou.

Pompeo ressaltou que as atuais medidas atingem o núcleo do aparato de segurança do Irã. Ele diz não haver dúvidas de que os ataques iranianos eram destinado a tirar vidas de soldados dos EUA.

Os ataques com mísseis do Irã foram uma retaliação ao assassínio do general iraniano Qassim Soleimani num ataque de drones dos EUA no Iraque. Washington justificou a operação dizendo que Soleimani planejara ataques a soldados e diplomatas dos EUA na região.

O secretário de Estado Mike Pompeo reiterou nesta sexta-feira que Soleimani planejava um ataque "iminente" e "em larga escala" contra infraestruturas americanas, incluindo embaixadas e bases militares em toda a região.

Além disso, a queda do voo da Ukraine International Airlines que matou 176 civis no Irã poderia ter sido causada pelo Irã. "Acreditamos ser provável que o avião tenha sido abatido por um míssil iraniano. Vamos deixar a investigação acontecer antes de fazermos uma determinação final", disse Pompeo.

Autoridades do governo nos EUA, Reino Unido e Canadá confirmaram haver indicações de que o acidente foi causado por míssil terra-ar, embora com a ressalva de que a aeronave não foi necessariamente derrubada de propósito.

Durante a conferência de imprensa, Mnuchin comentou que isenções de sanções serão concedidas a quem quiser "ajudar a investigação" sobre a queda. Devido às sanções americanas contra Teerã, especialistas do fabricante americano de aviões Boeing precisam de permissão do Departamento do Tesouro americano para ajudar na apuração da causa da tragédia.

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