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Oriente Médio

Em canonização, Papa diz que cristãos ainda são perseguidos

12 mai 2013 - 10h10
(atualizado às 12h02)
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Foto: AP

O papa Francisco canonizou neste domingo cerca de 800 italianos mortos no século 15 por recusarem a se converter ao Islã, e disse que muitos cristãos ainda estavam sendo perseguidos por sua fé. O Vaticano avaliou se não deveria fazer as primeiras canonizações nos dois meses do papa Francisco por causa do risco de serem interpretadas como anti-islâmicas, mas argumentou que as mortes devem ser entendidas em seu contexto histórico.

As 800 pessoas foram mortas em 1480 no cerco de Otranto, no sudeste do Adriático, por turcos otomanos, que saquearam a cidade, mataram seu arcebispo e obrigaram os cidadãos a se converterem. Quando eles se recusaram, o comandante otomano ordenou a execução de todos os homens com 15 anos ou mais, a maioria por decapitação.

"Enquanto nós veneramos os mártires de Otranto, pedimos a Deus para sustentar os muitos cristãos que, hoje em dia, em muitas partes do mundo, neste momento, ainda sofrem violência, e dar-lhes a coragem de serem fiéis de responder ao mal com o bem", disse o papa Francisco diante mais de 70 mil pessoas na Praça de São Pedro.

Francisco canoniza primeira santa colombiana:

Ele não mencionou nenhum país, mas o Vaticano expressou profunda preocupação recentemente sobre o destino dos cristãos em partes do Oriente Médio, incluindo cristãos que foram apanhados na luta sectária no Egito. Um folheto distribuído aos participantes disse que o "sacrifício" dos Mártires de Otranto "deve ser colocado dentro do contexto histórico das guerras que determinaram as relações entre a Europa e o Império Otomano por um longo período de tempo".

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