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Oriente Médio

EI exige que cibercafés cortem wifi em cidade Síria

Organização realiza frequentes batidas nos cibercafés atrás dos que divulgam notícias sobre o EI

19 jul 2015 - 16h47
(atualizado às 20h04)
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EI tenta impedir que sejam divulgadas informações do que acontece dentro de Al Raqqa
EI tenta impedir que sejam divulgadas informações do que acontece dentro de Al Raqqa
Foto: Gokhan Sahin / Getty Images

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) exigiu neste domingo que os donos dos cibercafés da cidade de Al Raqqa, no norte da Síria, que cortem o acesso à de internet dos imóveis vizinhos, pelo temor de perder combatentes persuadidos por suas famílias a abandonarem o jihadismo.

Estes locais de Al Raqqa, principal reduto dos jihadistas na Síria, alugavam a conexão de internet aos vizinhos, e faziam chegar o serviço através de antenas wifi.

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O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou hoje em comunicado que a organização terrorista já advertiu os proprietários que devem interromper o serviço de internet, inclusive às casas em que vivem combatentes extremistas.

Com esta medida, o EI tenta impedir que sejam divulgadas informações do que acontece dentro de Al Raqqa e evitar que os combatentes entrem em contato com seus familiares no exterior, por receio de que sejam convencidos a voltarem para casa e abandonarem a jihad.

Com esta proibição, o grupo jihadista, tenta impedir, além disso, todo contato de seus combatentes estrangeiros com o exterior por temer que colaborem com serviços de inteligência.

Os extremistas deram aos donos dos cibercafés um prazo de quatro dias para cumprirem a ordem.

A organização realiza frequentes batidas nos cibercafés atrás dos que divulgam notícias sobre o EI, por considerarem que violam as leis do grupo.

Muitos de seus membros de nacionalidades não sírias tentaram fugir e retornar a seus respectivos países. Alguns conseguiram através da fronteira sírio-turca, mas outros foram assassinados pelo EI ou presos.

Entre estes detidos se destaca o caso do campeão mundial de boxe, o alemão Valdet Gashi, que foi capturado pelos jihadistas quando tentava escapar com outro grupo de combatentes das zonas sob controle jihadista no norte da província síria de Aleppo.

Todos eles foram levados a um centro de detenção na cidade de Menbesh, no nordeste de Aleppo.

Algumas fontes citadas pelo Observatório revelaram que Gashi foi assassinado pelo EI, enquanto outras afirmam que continua vivo, mas recluso em um centro de detenção.

O desportista tomou a decisão de retornar à Alemanha no primeiro mês de sua união à organização terrorista.

EFE   
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